Óbitos por COVID-19 crescem 190% no sistema prisional brasileiro
Ao todo, foram oficialmente registrados 64.189 casos da doença em presídios, sendo 48.143 entre pessoas presas e 16.046 entre servidores dessas unidadesO agravamento da pandemia de COVID-19 no Brasil também está sendo verificado no sistema prisional do país. Monitoramento realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que, somente nos primeiros 67 dias deste ano, ocorreram 58 mortes por COVID-19 entre servidores e pessoas em privação de liberdade, totalizando 308 óbitos desde o início da pandemia.

Segundo o CNJ, o número representa aumento de 190% no registro de novos óbitos em comparação com o último bimestre do ano passado. Nos últimos 70 dias de 2020, houve 20 óbitos pela doença.
Os dados foram apurados pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), a partir de informações disponibilizadas por autoridades locais. O levantamento revela que estabelecimentos do sistema prisional e unidades do sistema socioeducativo (que abrigam menores de idade) já contabilizam um total de 71.342 mil ocorrências de COVID-19 desde o início da pandemia.
Foram oficialmente registrados 64.189 casos da doença em presídios, sendo 48.143 entre pessoas presas e 16.046 entre servidores dessas unidades. No socioeducativo, o total de adolescentes que contraíram a doença é de 1.629, e o número de servidores contaminados, de 5.524.
Somente nos últimos 30 dias, o índice de mortes ocasionadas pelo novo Coronavírus entre pessoas presas e servidores de unidades prisionais aumentou 13,5%, totalizando 269 óbitos. No sistema socioeducativo, o percentual é ainda maior, com 25,8% a mais de casos de morte em decorrência da doença, com 39 registros, todos entre servidores.
Testagem
A atualização dos dados, divulgada nessa quinta-feira (11/03), também traz informações sobre a realização de testes para detecção da COVID-19 em unidades do regime socioeducativo e no sistema prisional. De acordo com os dados, houve testagem para identificação da doença em 18.654 adolescentes privados de liberdade e em 23.067 servidores em estabelecimentos de 23 estados.
Já em estabelecimentos prisionais, a testagem para detecção da doença foi realizada em 254.105 pessoas presas e em 66.199 servidores, além de outros 16.602 exames em unidades do estado do Ceará, que não distinguiu a que segmento foram destinados.
Em relação à segunda quinzena de fevereiro, os números mostram crescimento mais significativo na aplicação de exames em estabelecimentos prisionais, com destaque para internos no Rio de Janeiro (14,8%), no Piauí (9,7%) e em Goiás (8,1%). Unidades no estado de São Paulo ampliaram em 15,5% a testagem entre servidores, informou o CNJ.
Repasses
Ainda de acordo com o CNJ, o montante repassado para adoção de medidas de higiene e limpeza no sistema prisional totaliza R$ 85,7 milhões, entre recursos estaduais e federais. Ao todo, 25 estados informaram ao conselho que estavam destinando verbas para o combate à pandemia nos presídios e unidades socioeducativas.
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil
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