Moro defende Lava Jato sem fazer mea-culpa; Gilmar Mendes diz que caso Lula deve voltar à denúncia
"Minha ocupação é como ministro da Justiça e Segurança Pública, mas permaneço firme nas crenças que eu tinha no passado”, declara Moro perante empresários em São PauloDurante encontro com empresários e investidores ontem (11), em São Paulo, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, rebateu críticas feitas à polêmica Força Tarefa da Lava Jato e disse que, mesmo não atuando mais na operação, o Brasil não deve retroceder e precisa apoiar as instituições.

“Lava Jato é uma força-tarefa, vai ter começo, meio e fim. O que não podemos é retroceder nesses avanços, virar de costas e incorporar determinados discursos que, se formos olhar de perto, não fazem nenhum sentido. A Lava Jato não criou corrupção. O avanço institucional contra a corrupção favorece maior competitividade da economia e maior produtividade. Não tenho nenhuma dúvida quanto a isso, e quem diz o contrário mente descaradamente. Mas o meu trabalho na Lava Jato acabou. Minha ocupação é como ministro da Justiça e Segurança Pública, mas permaneço firme nas crenças que eu tinha no passado”, declarou Sérgio Moro.
Em entrevista exclusiva à BBC News Brasil ontem (11), Gilmar Mendes disse que os processos de Lula que foram conduzidos e julgados por Moro deverão voltar à fase de denúncia, caso o ex-juiz seja considerado suspeito.

O recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que questiona a imparcialidade do então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, será julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) até novembro, segundo o ministro da Corte Gilmar Mendes.
Mas, é bastante interessante que a Lava Jato seja também passada a limpo, justamente visando a garantir que as ações corretas sejam mantidas, e as punições [lícitas] aos criminosos sirvam de exemplo contra a impunidade. E que os excessos, ou seja, ações conturbadas e irregulares praticadas pela Força Tarefa sejam combatidas.

É impresindível que o Supremo Tribunal Federal faça o julgamento dos processos pendentes com a celeridade necessária, seja contra ou a favor da Lava Jato; para que não paire dúvida acerca do que não deve ser questionado. Entretanto, os excessos têm que ser combatidos, sob pena de não haver respeito ao Estado Democrático de Direito.
O comentário foi feito dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal, de que os réus delatados devem se manifestar por último, no processo penal. A decisão pode incluir condenados da Operação Lava Jato, encabeçada por Sérgio Moro antes de se tornar ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
Fonte: Redação JTNews, com informações da Agência Brasil e BBC News
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