Ricardo Salles pede R$ 134 milhões para combater queimadas na Amazônia e Pantanal
Em junho, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu reforço de R$ 230 milhões, mas a Economia liberou apenas R$ 96 milhõesO ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a liberação de R$ 134 milhões. Em ofício enviado na última quarta-feira (9), Salles disse que a verba será destinada ao combate às queimadas na Amazônia e no Pantanal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Salles argumentou que a pasta não tem recursos. Disse que existe risco de paralisação das medidas contra o desmatamento, fiscalização e gestão de unidades de conservação. Em junho, o ministro pediu reforço de R$ 230 milhões, mas a Economia liberou apenas R$ 96 milhões. Com o pedido de agora, Salles quer garantir a totalidade do valor solicitado inicialmente.
“Essa situação, a falta de limite de pagamento, exporá este Ministério durante o período de maior incidência de queimadas, que vai dos meses de agosto a outubro, ou seja, na fase que demanda uma maior necessidade de limite financeiro para operacionalizar as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais”, escreveu Salles.
O pedido de Salles será analisado pela Junta de Execução Orçamentária. Participam, além de Guedes, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, e técnicos do governo que lidam com Orçamento.
O ministro já tinha falado da falta de verba. Em 28 de agosto, chegou a anunciar a paralisação de todas as atividades. Justificou dizendo que tinham sido bloqueados R$ 20,9 milhões do orçamento do Ibama e R$ 39,7 milhões do ICMBio. Com a repercussão da medida, o vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, foi à imprensa horas depois do anúncio de Salles negar que os cortes ocorreriam.
A temporada do fogo em 2020 no Amazonas pode ser uma das maiores desde 1998, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) iniciou o monitoramento de queimadas na Amazônia. O governo do Estado do Amazonas afirmou que adota medidas para coibir a prática ilegal desde o último mês de junho, mas elas têm se mostrado ineficientes. Na comparação com 2019, 1 dos piores anos de queimadas na região, o número de focos de calor registrados em julho aumentou 33%. Em agosto, houve aumento de 19%.
O Pantanal está em situação semelhante. Só em 2020, o fogo já consumiu 17.500 quilômetros quadrados de mata, o equivalente a mais de 10% da área do total de um dos biomas mais importantes do mundo. Desde 1998, nunca houve tantos focos de calor entre janeiro e agosto como agora: foram 7.727 registrados até 18 de agosto. Um aumento de 211% em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Poder360
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