Uma ode à educação pública no Piauí
Sim, o amor ao ensino existe!Ode, caro leitor, como os antigos gregos a declamavam, era uma composição poética que deveria misturar a racionalidade do intelecto com a emoção do sentir e viver a vida e o mundo.
A definição nos inspira até hoje a nomear, assim, os discursos que primam tanto pela racionalidade quanto pela emoção. A ode não é triste, ela é alegre e animadora. E é por isso, que nomeio assim, como uma ode, a defesa pública realizada para a obtenção do título de Professor Titular pelo Diretor do CEAD, o Centro de Educação a Distância da UFPI, professor Gildásio Guedes Fernandes.

A poesia da ode surgiu logo no início da apresentação, no próprio título: Memórias de uma vida dedicada à UFPI. E seguiu pela fala do, agora, Professor Titular, que tratou do passado pródigo, do amor à família, do companheirismo da infância e da juventude, de um presente em que colhe tantas realizações e de um futuro de esperança. “Se ficarmos só em nossa sala de aula, só em nossa pesquisa, não vamos cumprir o que a sociedade espera de nós”, disse Gildásio em sua apresentação para a banca e para o auditório lotado.
Esperança é justamente a dose diária de energia que nos faz continuar a caminhada e fazer o melhor, mesmo com enormes pedras no caminho. E elas são muitas nos dias de hoje, trazidas pela crise econômica e pelos cortes na educação pública. Ainda assim, o Diretor do CEAD insistiu e conseguiu aprovar, agora no primeiro semestre de 2020, a abertura de processo seletivo para 2.146 vagas nos cursos superiores da UFPI, na modalidade a distância, a EaD.
O CEAD cobre praticamente todo o enorme estado do Piauí, presente em 40 polos de ensino, do litoral ao extremo sul, e, também, conta com 2 polos no oeste da Bahia. São mais de 10 mil estudantes que, graças à educação a distância, podem ter acesso ao ensino universitário – graduação, especialização e mestrado - em regiões distantes dos centros de ensino. A EaD oferece, assim, concretamente, a oportunidade real de democratização do ensino superior, antes tão restrito aos limites físicos da sala de aula.
Gildásio, em sua apresentação, pediu menos burocracia e mais ação: “é preciso desburocratizar a universidade para integrá-la mais à sociedade, à juventude, cuidar das coisas do Piauí, com foco no homem, nos nossos recursos humanos.”
Humanista, Gildásio nos convida a nos mexer, a deixar de lado a zona de conforto da sala com ar condicionado e, como o poeta Milton Nascimento canta em Nos Bailes da Vida, “ir aonde o povo está”. O ensino a distância, tão arduamente defendido pelo Diretor do CEAD, vai, justamente, onde o povo carente de educação superior está, no Sertão, nas serras, no cerrado e na caatinga. A universidade pública é de todos, mas precisamos de gente como o Professor Gildásio, com mente aberta e inclusiva, para garantir que ela possa, realmente e efetivamente, ser de todos nós.
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