Técnicos do Butantan e do Ministério da Saúde se reúnem para apresentar resultados de vacina

A reunião acontece nesta terça-feira (20), em Brasília, para apresentar os resultados dos testes com a CoronaVac

Técnicos do Instituto Butantan, de São Paulo, têm nesta terça-feira (20), em Brasília, reunião com representantes do Ministério da Saúde para apresentar os resultados dos testes com a CoronaVac, vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

Foto: AFPvacina

O presidente do instituto, Dimas Covas, disse que foi "convocado" a participar do encontro, e que há "uma sinalização muito positiva" por parte do governo federal para que o imunizante seja disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

"O entendimento com o ministério está acontecendo de forma muito positiva. Esperamos que essa vacina seja incorporada ao nosso PNI [Programa Nacional de Imunização] e que possa estar disponível o mais rapidamente possível", afirmou Dimas Covas nessa segunda-feira (19).

O encontro antecede reunião do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres. O encontro será realizado nesta quarta-feira (21) e tem como principal pauta a liberação de R$ 92 milhões do governo federal para a fábrica do Instituto Butantan produzir a vacina chinesa.

O governo paulista apresentou no início desta semana resultados da terceira e última fase de testes da CoronaVac. Segundo os estudos, 35% dos 9.000 voluntários tiveram reações leves, como dor no local da aplicação, e nenhum efeito colateral grave durante os testes. O resultado representa que a vacina tem "excelente perfil de segurança", de acordo com Dimas Covas. "É a vacina mais segura, no momento. Não no Brasil. No mundo".

Para ser aplicada em massa no Brasil, a CoronaVac precisa do registro da Anvisa. A agência aguarda o recebimento do dossiê sobre a eficácia do imunizante e está em contato com a agência de vigilância chinesa – além das autoridades paulistas. Uma vez recebida toda a documentação, a Anvisa dá prazo de 60 dias para concluir a análise de todos os dados e autorizar o registro.

Os testes com a CoronaVac no Brasil são realizados desde julho com 13.000 voluntários em São Paulo e mais seis Estados, bem como no Distrito Federal. As doses são aplicadas em profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia. Ainda neste mês os testes serão expandidos também para idosos, gestantes e portadores de doenças preexistentes.

O governo de São Paulo espera ter já em dezembro 46 milhões de doses da vacina, quantidade suficiente para vacinar toda a população do Estado. Doria diz que a imunização será obrigatória no território paulista.

Fonte: Poder360

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