Saiba como agia falso delegado da Polícia Federal acusado de aplicar golpes no Piauí
Investigado acusava falsamente as vítimas e as chantageava para que fizessem transferências de dinheiro.O delegado da Polícia Federal no Piauí, Eduardo Monteiro, concedeu entrevista à imprensa nessa quinta-feira (04) detalhou como o alvo da Operação Aldrabão, deflagrada no Rio Grande do Sul, agia ao utilizar a fotografia de um delegado da corporação para aplicar golpes de estelionato. Segundo a PF, o investigado se passava por policial federal em aplicativos de mensagens, acusava falsamente as vítimas de pedofilia e as chantageava para que fizessem transferências de dinheiro, em média de R$ 5 mil, sob ameaça de incriminação.

De acordo com o delegado Eduardo Monteiro, as primeiras vítimas identificadas são dos estados de Minas Gerais e Piauí, mas há indícios de que existam muitas outras pessoas lesadas. O delegado destacou que as vítimas não tinham qualquer envolvimento com pedofilia, mas cederam à pressão por acreditarem que estavam diante de um contato oficial da Polícia Federal, o que dava credibilidade às ameaças.
“Foi deflagrada a Operação Aldrabão, foi uma operação deflagrada no Rio Grande do Sul. Foram dois mandados de busca e apreensão contra os endereços dos investigados. A investigação revelou que eles se utilizavam de uma fotografia de um delegado de Polícia Federal daqui do estado do Piauí para executar fraudes, estelionatos na verdade. Eles chantageavam as pessoas ameaçando de incriminar por pedofilia pessoas em diversos estados da federação. A partir da investigação a gente localizou os suspeitos, a gente efetuou a busca e apreensão. Agora a gente vai ficar na análise do material aprendido para ver as próximas fases. Até o momento identificamos três vítimas. A investigação começou aproximadamente há duas semanas. A gente conseguiu chegar rapidamente no investigado e agora a gente vai aprofundar ainda mais a investigação. As vítimas iniciais eram de Minas Gerais e Piauí. O acusado responde tráfico de drogas, responde por organização criminosa e também está em prisão domiciliar, inclusive. As vítimas não tinham envolvimento com pedofilia, apenas ficaram com receio ali do contato de um delegado de Polícia Federal com o nome da instituição, passando credibilidade que era a Polícia Federal, sentiram-se coagidas e cederam a pressão. Ele pediu em média 5 mil reais para cada vítima”, detalhou o delegado.
Histórico criminal
O responsável pelos golpes já responde a processos por tráfico de drogas e organização criminosa e cumpre prisão domiciliar. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, ele tentou destruir o celular, escondendo o aparelho no ralo do banheiro, mas os agentes conseguiram recuperar o dispositivo. A investigação apontou ainda que o suspeito utilizava contas bancárias de terceiros para receber os valores e que a esposa dele possuía uma empresa que pode ter sido usada no esquema, o que será analisado para verificar o grau de envolvimento dela.
“Foram duas vítimas que a gente identificou, mas tem muito mais vítimas a serem identificadas. A gente recebeu a notificação do caso há cerca de duas semanas, então a gente ainda vai aprofundar para saber a extensão dos danos praticados por ele. Foi solicitada a prisão temporária, no entanto o juiz entendeu que a prisão domiciliar já surtiu o efeito necessário, no entanto a gente vai ainda aprofundar a investigação e eventualmente podermos solicitar uma nova medida cautelar. A gente vai ficar monitorando a situação, verificar se vai permanecer a prática delitiva, se permanecer a gente vai solicitar novas medidas. A gente vai aprofundar se ele agia sozinho ou com outras pessoas. O celular dele, a princípio, ele tentou destruir o aparelho, escondeu ali no ralo do banheiro, mas a equipe conseguiu localizar. Ele passava as contas em que era depositado o dinheiro das vítimas de pessoas desconexas a ele, que aparentemente não tinha nenhuma relação e é esse detalhe que a gente vai aprofundar. A esposa dele também tinha uma empresa em que eles utilizavam o endereço, então a gente ainda vai certificar exatamente qual o grau de participação dela ou não”, ressaltou o delegado da PF.
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (04), a Operação Aldrabão, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por aplicar golpes utilizando perfis falsos em aplicativo de mensagens, em nome de policiais federais, para exigir transferências de valores das vítimas.
De acordo com a PF, os mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal do Piauí, após parecer favorável do Ministério Público Federal, foram cumpridos no município de Novo Hamburgo-RS, em endereços ligados ao principal suspeito.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1
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