Papa se diz envergonhado por Igreja não priorizar vítimas de abuso na França

Nessa terça-feira (05), uma grande investigação revelou que o clero francês havia abusado de mais de 200.000 crianças ao longo de 70 anos.

Nessa quarta-feira (05), o Papa Francisco disse que estava triste e envergonhado pela incapacidade da Igreja Católica de lidar com o abuso sexual de crianças na França e que a Igreja deve se tornar um “lar seguro para todos”.

Foto: Handout / Vatican Media / AFPPapa Francisco
Papa Francisco

“Gostaria de expressar às vítimas minha tristeza, pesar pelo trauma que sofreram e também minha vergonha, nossa vergonha pela longa incapacidade da Igreja de colocá-los no centro de suas preocupações”, disse Francisco em sua audiência geral semanal.

Nessa terça-feira (05), uma grande investigação revelou que o clero francês havia abusado de mais de 200.000 crianças ao longo de 70 anos, o pontífice convidou os católicos na França a assumir a responsabilidade pelo que aconteceu para tornar a Igreja um um ambiente seguro.

Igreja Católica francesa abrigou 3 mil pedófilos desde 1950

O chefe de uma comissão independente que investiga os casos de abuso sexual praticados por cléricos e envolvendo menores ou adultos em situação de vulnerabilidade no país, afirmou que a Igreja Católica francesa abrigou entre 2.900 e 3.200 pedófilos entre seus membros nas últimas sete décadas.

Um relatório, de cerca de 2.500 páginas, foi enviado à Conferência Episcopal da França e à Conferência de Religiosas e Religiosos de Institutos e Congregações, que encomendaram a investigação.

Foto: Jef Pachuda/AFP/2019Na maioria dos casos, os atos estão prescritos, e os autores dos abusos, falecidos
Na maioria dos casos, os atos estão prescritos, e os autores dos abusos, falecidos

Segundo o chefe da comissão idependente resonsável pelo levantamento, Jean-Marc Sauvé a igreja mostrou "indiferença profunda e até cruel durante anos", escolhendo fechar os olhos para as denúncias e proteger a si prória em vez de defender  as vítimas do abuso sistêmico.

Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil

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