O mês do laço cor-de-rosa: Cuidar de si também é um ato de amor
Outubro chegou e, com ele, recebemos um lembrete, um laço cor-de-rosa, para olharmos para a nossa saúde e para a saúde das mulheres que amamos.Outubro chegou e, com ele, recebemos um lembrete, um laço cor-de-rosa, para olharmos para a nossa saúde e para a saúde das mulheres que amamos.

O tema deste ano é 'Tempo é vida' e ganha ainda mais força com a chegada dos novos protocolos de prevenção e tratamento, que ampliam o acesso aos exames e trazem mais esperança para milhares de mulheres Brasileiras:
1- Mamografia mais cedo e por mais tempo
Mulheres a partir dos 40 anos já podem fazer a mamografia pelo SUS, mesmo sem sintomas. A faixa etária também foi ampliada para mulheres de até 74 anos, com exames a cada dois anos.
Essa mudança é um passo importante para ampliar a detecção precoce de câncer de mama, quando as chances de cura são maiores.
2 - Tratamentos mais modernos no SUS
O SUS passou a oferecer novos medicamentos que atuam de forma mais precisa em tipos específicos de câncer de mama. Além disso, foram incorporadas terapias como a supressão ovariana e a hormonioterapia injetável, que ajudam a controlar a doença em estágios mais avançados.
3 - Câncer do colo do útero: um novo olhar para a prevenção
O tradicional exame de Papanicolau está em substituição gradual pelo teste de DNA-HPV. A coleta de exame é semelhante, mas o material é analisado por biologia molecular.
Se o resultado for negativo, o exame só precisa ser repetido a cada cinco anos.
Se forem detectados tipos de HPV de alto risco, a mulher é encaminhada para exames complementares.
4- Vacina contra o HPV: uma dose, uma proteção
A vacinação contra o HPV continua sendo uma das principais estratégias de prevenção. Agora, uma única dose já é suficiente para proteger meninas e meninos de 9 a 14 anos. As pessoas vivendo com HIV, transplantadas ou em tratamento oncológico também têm acesso à vacina até os 45 anos.
Equidade: um desafio que ainda persiste
Mulheres negras, indígenas e moradoras das regiões Norte e Nordeste ainda enfrentam dificuldades no acesso ao diagnóstico e tratamento. O novo relatório do INCA reforça a urgência de políticas públicas que cheguem a todas, sem exceção.
O Relatório “Controle do Câncer de Mama no Brasil: Dados e Números 2025” lançado em 3 de outubro de 2025, reúne indicadores nacionais e regionais sobre incidência, mortalidade, rastreamento e acesso ao tratamento. Ele destaca que, embora haja avanços, persistem desigualdades importantes, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, e entre mulheres negras e indígenas.
O Boletim Epidemiológico: Mortalidade por Câncer de Mama e Colo do Útero na População Feminina Segundo Raça/Cor da Pele, apresentado durante o lançamento do Outubro Rosa 2025, reforça que mulheres negras e indígenas têm menor acesso ao rastreamento e maior risco de mortalidade. Também aponta que a cobertura de mamografias é muito baixa em alguns estados do Norte (em torno de 5,3%), enquanto no Sudeste pode chegar a 33%.

Apesar dos avanços na prevenção e no tratamento do câncer de mama e do colo do útero, os dados reforçam uma realidade que não pode ser ignorada: o cuidado ainda não chega a todas da mesma forma. Mulheres negras, indígenas e moradoras das regiões Norte e Nordeste enfrentam barreiras históricas e estruturais que limitam o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.
Essas desigualdades revelam a urgência de políticas públicas mais inclusivas, que respeitem as diversidades regionais e raciais do Brasil. Garantir equidade no cuidado é garantir vida. E nenhuma mulher deve ficar para trás.

Quais as chances de cura se o diagnóstico e o tratamento forem precoces?
CÂNCER DE MAMA: Quando detectado em estágio inicial, as chances de cura podem chegar a 90% a 98%, segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
A mamografia é o principal exame para rastreamento e pode identificar tumores ainda muito pequenos, antes de qualquer sintoma visível.
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: Quando identificado nas fases iniciais — por meio do Papanicolau ou do novo teste de DNA-HPV —, o câncer do colo do útero tem altas taxas de cura, muitas vezes superiores a 90%.

Porque se cuidar é um gesto de amor

O Outubro Rosa é mais do que uma campanha: é um lembrete de que toda mulher merece viver com saúde e ter acesso ao cuidado.
O laço rosa é um gesto visual que expressa apoio às mulheres que enfrentam o câncer e reforça a importância da prevenção. Ele lembra que o diagnóstico precoce salva vidas e que o autocuidado é essencial.
Por isso, não espere os sintomas aparecerem. Converse com um profissional de saúde, agende sua mamografia e faça o exame preventivo.
"Cuidar de si mesma não é egoísmo. É reconhecer que o seu corpo merece atenção, que sua saúde importa e que você tem o direito de estar bem. Quando a gente se cuida, a gente se fortalece — para viver, para amar, para estar presente. Manter os exames em dia é um gesto de amor-próprio e também de responsabilidade com quem caminha ao nosso lado." (Enfermeira Graziela)
Vamos juntas?
Um grande abraço e até breve…

Por Graziela de Melo Mantovaneli, enfermeira e tutora em Aleitamento Materno e Alimentação Complementar pelo Ministério da Saúde.
Fonte: JTNEWS
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