MPF questiona Ministério da Saúde por cancelamento da compra de vacina Coronavac
A Procuradoria quer saber a motivação técnica para a pasta ter cancelado a compra da substância chinesa, produzida em parceria com o Instituto Butantan, de São PauloO Ministério Público Federal (MPF) pediu para o Ministério da Saúde explicar os motivos de priorizar a vacina contra a COVID-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca com a Universidade de Oxford em detrimento da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac.

A Procuradoria quer saber a motivação técnica para a pasta ter cancelado a compra da substância chinesa, produzida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
Em 21 de outubro, o presidente Jair Bolsonaro decidiu invalidar o acordo firmado pelo Ministério da Saúde para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac.
Em ofício enviado ao governo, o MPF destaca que o Brasil tem acordos de transferência de tecnologia para ambas as vacinas. Dessa forma, "não haveria motivos para privilegiar uma em detrimento da outra, caso os resultados dos testes sejam satisfatórios nos dois casos".
O MPF indaga se a compra das doses da CoronaVac foram realmente canceladas. "Em caso positivo, qual o atual planejamento? Quais as justificativas técnicas para o novo direcionamento e quais os quantitativos de vacinas previstos?", pergunta a Procuradoria.
O órgão ainda enviou ofícios para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governo de São Paulo e o Instituto Butantan.
À Anvisa, pede que sejam esclarecidos os embasamentos científicos usados para considerar inicialmente apenas a vacina de Oxford no calendário de vacinação. No documento, o MPF pergunta se há estimativa para a finalização do estágio de testes de cada uma das vacinas e da aprovação dos imunizantes. Tanto a vacina de Oxford quanto a CoronaVac estão na terceira e última fase de testes.
No documento enviado ao governo paulista, o MPF solicita que a secretaria de Saúde do Estado apresente os "termos em que firmado o acordo com o Ministério da Saúde, bem como informações sobre a etapa de testes em que se encontra a CoronaVac e a previsão de finalização de cada estágio dos procedimentos para sua aprovação pela Anvisa".
O MPF pede ao Butantan "a prestação de informações sobre as etapas do processo de testes da CoronaVac e sobre o protocolo de intenções firmado com o Ministério da Saúde e seus desdobramentos posteriores".
O órgão também quer saber se o Butantan recebeu alguma justificativa pela "demora na liberação das importações de insumos para produção da vacina". Confira a íntegra do ofício enviado ao Butantan.
O diretor-geral do instituto, Dimas Covas, disse que a Anvisa retardou a autorização para a importação de matéria-prima usada na fabricação da vacina da Sinovac. A agência negou atraso. Afirmou que o processo foi analisado e foram encontradas discrepâncias, sem detalhar quais.
A Procuradoria estabeleceu prazo de 15 dias para que os órgãos respondam.
Fonte: Poder360
Comentários
Últimas Notícias
-
Segurança Pública PRF apreende 1,3 tonelada de pescados na BR 343 em Piripiri (PI)
-
Segurança Pública Jovem morto no bairro Santa Fé era ameaçado por membros do PCC, diz delegado
-
Segurança Pública Homem é executado a tiros em posto de combustíveis na cidade de Altos (PI)
-
Geral Corpo é encontrado boiando em lagoa na cidade de Ilha Grande (PI)
-
Geral Motoristas e cobradores de ônibus paralisam atividades na zona leste de Teresina
Blogs e Colunas
Mais Lidas
-
Segurança Pública Coronel da PM/PI denunciado por estupro de vulnerável pelo MPPI continua em liberdade e nas funções militares
-
Segurança Pública Mentor de sequestro em Monsenhor Gil tentou extorquir empresário para pagar traficantes
-
Segurança Pública Funcionário público e contador são presos, acusados de sequestrar e torturar mulher em Teresina
-
Segurança Pública Acusados de matar irmãos na Cerâmica Cil são presos pelo DHPP
-
Esportes Hércules, de Jaicós - PI, brilha e garante classificação do Fluminense às quartas da Copa do Mundo de Clubes