Gasto milionário em evento cultural gera críticas sobre prioridades do governo

A população pode se perguntar: seria mais urgente investir em um evento literário ou em soluções imediatas para problemas que afetam diretamente a vida de milhares de piauienses?

Enquanto demandas urgentes em saúde, educação e infraestrutura seguem sendo esquecidas pelo o orçamento do Piauí, a Secretaria de Estado da Cultura (SECULT) firmou contrato de R$ 1.100.000,00 com a Associação de Diletantes da Cultura Histórica Valenciana (ADICH) para patrocinar o 14º Salão do Livro de Valença do Piauí – SALIVA.

Foto: Reprodução / Redes SociaisRodrigo Amorim Oliveira Nunes, Secretário de Cultura do Piauí, e o governador Rafael Fonteles
Rodrigo Amorim Oliveira Nunes, Secretário de Cultura do Piauí, e o governador Rafael Fonteles

O contrato, assinado em 14 de outubro de 2025, tem vigência e execução de 120 dias e foi realizado com base no Artigo 74 da Lei nº 14.133/2021, que permite contratações diretas. O valor milionário, entretanto, levanta questionamentos sobre a prioridade do gasto público, principalmente em um momento em que serviços essenciais enfrentam escassez de recursos.

Patrocínios desse porte exigem justificativa clara, critérios rigorosos de seleção e prestação de contas detalhada. A população pode se perguntar: seria mais urgente investir em um evento literário ou em soluções imediatas para problemas que afetam diretamente a vida de milhares de piauienses?

O episódio também evidencia um contraste difícil de ignorar: enquanto milhares de cidadãos dependem de hospitais com falta de insumos e escolas sem estrutura adequada, recursos significativos do estado são direcionados a eventos culturais com alto custo, gerando dúvidas sobre a real prioridade do governo na distribuição do dinheiro público.

Além disso, a transparência sobre como cada centavo será aplicado ainda é uma preocupação. Sem acompanhamento rigoroso e divulgação detalhada de resultados, o investimento milionário pode ser visto não apenas como questionável, mas como desconectado das necessidades urgentes da população, alimentando críticas sobre escolhas orçamentárias que priorizam visibilidade e festividades em detrimento de políticas públicas essenciais.

Fonte: JTNEWS

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