Viaduto da Miguel Rosa apresenta desnível de quase 15 cm, diz CREA-PI

Conforme o CREA-PI, o desnível é visível e já vinha chamando a atenção de motoristas e pedestres.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CreaPI), Hércules Medeiros, afirmou nesta quinta-feira (13) que o desnível de quase 15 centímetros identificado no Viaduto da Avenida Miguel Rosa, foi confirmado após vistorias técnicas. Ele declarou que o órgão trabalha para apontar as causas exatas do problema.

Foto: Reprodução / GP1Elevado da Miguel Rosa
Elevado da Miguel Rosa

Durante a análise, o Crea verificou que houve rompimento em alguns elementos estruturais, o que levantou a suspeita de falha na parte superior da ponte. No entanto, com a realização de estudos de sondagem e avaliações complementares, foi apontado de forma preliminar que a causa mais provável do problema é um recalque na estrutura de acesso, ou seja, um rebaixamento do solo que sustenta o aterro. Medeiros explicou que esse tipo de ocorrência afeta diretamente a estabilidade da pista e pode comprometer o nivelamento do viaduto ao longo do tempo.

“Inicialmente foi verificada a questão do desnível [de quase 15 cm]. Desnível já é claro; todo mundo vê. Agora a gente foi identificar as possíveis causas, levantar hipóteses do que causou esse desnível. Inicialmente foi levantada a hipótese do tabuleiro da ponte, a parte que tem uma estrutura que tem vigas metálicas, porque apareceram alguns rompimentos em elementos estruturais; então foi verificado se a causa era no tabuleiro. E, posteriormente, também se verificaram aqui estudos de sondagem, se verificaram as condições que têm e o que aponta, preliminarmente e é importante levantar isso, é que o que se aponta de forma inicial provavelmente seja um recalque na estrutura de acesso”, ressaltou o presidente do CREA.

Hércules Medeiros explicou que a responsabilidade sobre as próximas medidas cabe à Prefeitura de Teresina, uma vez que o elevado foi construído pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e, posteriormente, repassado à administração municipal. O Crea-PI, segundo o presidente, já oficiou os órgãos competentes, como o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) e a Defensoria Pública da União (DPU), para que tenham conhecimento da situação atual do viaduto e acompanhem as providências cabíveis.

“Estamos apresentando exatamente um estudo aprofundado das condições desse aterro. O recalque é o rebaixamento desse solo. Esse problema já é recorrente, pois na época em que foi realizada essa obra já apresentou esse problema; foi feita uma intervenção inicial, mas, posteriormente, nós vimos aqui que, principalmente pelo rompimento de algumas peças, nós temos ali umas peças que são limitadores dessa parte do tabuleiro. A gente vê que esse problema não foi resolvido. Então, é importante esse estudo; é o que aponta o relatório: se fazer esse estudo mais aprofundado para verificar tanto a situação do recalque quanto a própria estabilidade da estrutura. A Prefeitura é quem vai fazer essa definição. Esse elevado foi construído pelo DER e repassado, posteriormente, para a Prefeitura Municipal de Teresina. Ontem nós estivemos reunidos também com o superintendente atual da SDU Sul, o superintendente Aluísio Sampaio, e isso aí realmente vai depender da Prefeitura. Mas nós já estamos oficiando os órgãos responsáveis, o MPF, o MP, a Defensoria Pública da União para terem ciência das condições em que se encontra esse elevado. E esse relatório também vai estar disponível no site do CREA, para as pessoas que quiserem ter acesso e saber quais são as condições; a transparência com que nós trabalhamos vai estar disponível para toda a comunidade piauiense”, destacou Hércules Medeiros.

Fonte: JTNEWS com informações do GP1

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