Subtenente Gonzaga acusa governador Zema de ser responsável pela atual crise institucional em MG

As lideranças planejam esperar eventual sinalização do Palácio Tiradentes até amanhã (25/2), caso não ocorra, há quem fale em endurecer o movimento

Representantes das forças de segurança de Minas Gerais, que deflagraram paralisação no início desta semana, querem respostas do governo de Romeu Zema (Novo) a respeito do pleito por recomposição aos salários mensais, das perdas causadas pela inflação e do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), projeto considerado prioritário pelo Palácio Tiradentes que está tramitando na Assembleia Legislativa (ALMG).  

Foto: Reprodução/Instagram/subtenentegonzagamgServidores protestam na Praça da Assembleia
Servidores protestam na Praça da Assembleia Legislativa em Belo Horizonte

Em vídeo publicado nas redes sociais na noite dessa quarta-feira (23/02), o deputado federal, subtenente Gonzaga (PDT/MG), uma das principais lideranças referenciais dos policiais militares e bombeiros do Brasil, ressaltou que "o movimento não se trata de pedir para os servidores pararem com suas atividades, mas reivindicar seus direitos pelo papel desempenhado perante a sociedade", enfatizou o parlamentar federal pelo Estado de Minas Gerais.

“Nós não estamos pregando que os policiais militares parem de trabalhar. Nós estamos querendo mostrar que se não fosse a dedicação, se não fosse o profissionalismo dos policiais, Minas não seria, jamais, o Estado mais seguro, principalmente se dependesse dos investimentos do governo Zema”, pontuou.

Foto: JACINTO TELES/JTNEWSDeputado federal-subtenente Gonzaga (PDT-MG)
Deputado federal-subtenente Gonzaga (PDT-MG)

As lideranças planejam esperar eventual sinalização do Palácio Tiradentes até amanhã, caso não ocorra, há quem fale em endurecer o movimento.

“O ápice da crise institucional é o governador Zema que vai definir. Pela dignidade dos profissionais da segurança pública e de nossas famílias, reafirmamos nossa resistência de seguir na luta pela recomposição salarial”, destacou o subtenente Gonzaga.

Em 2019, as forças de segurança também foram às ruas para pedir a recomposição salarial, que não tinham desde 2015. Zema fez um acordo e apresentou um projeto de lei concedendo 13% em 2020, 12% em 2021 e 12% em 2022. Porém, após a ALMG aprovar a proposta, o governador descumpriu o acordo e vetou as duas últimas parcelas da recomposição, que agora são novamente cobradas pelos servidores da área.  

O regime de estrita legalidade mencionado são orientações dos sindicatos para que os trabalhadores não se coloquem em situação de risco ou tentem suprir por conta própria o que identificam como déficit de servidores e falta de estrutura.

Minas Gerais, estado mais seguro do país

No ano de 2021, o estado de Minas Gerais foi considerado o mais seguro do país de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), referentes aos meses de janeiro a junho – fechando o primeiro semestre de 2021.

A base de informações agrega estatísticas disponibilizadas pelas 27 unidades federativas brasileiras e tem, por finalidade, subsidiar a implementação de políticas públicas em segurança e defesa social. Conforme o subtenente Gonzaga, essa colocação se deve única e exclusiva, pela responsabilidade e profissionalismo dos policiais.

“Minas é o estado mais seguro do Brasil, e não porque o Zema teve um plano excelente de Segurança Pública, não porque o Zema reconheceu a necessidade de investir na Polícia Militar, na Polícia Civil, o Zema não fez investimentos, pelo contrário, retirou. Nós somos o estado mais seguro por conta do profissionalismo dos policiais e bombeiros militares de Minas Gerais”, concluiu o subtenente Gonzaga.

Subtenente Gonzaga denuncia que governador Zema de MG está chantageando militares e clima é de tensão

Gonzaga ressalta que o governador Romeu Zema vem 'chantageando' os servidores públicos com sua insistência em fazer a Assembleia Legislativa aprovar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) sob uma falsa narrativa prejudicial não somente aos profissionais, mas à segurança pública em geral.

Fonte: JTNEWS

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