Seduc inaugura primeira turma de Ensino Médio para indígenas em Teresina

Em um marco histórico para a educação indígena em Teresina, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está prestes a formar a primeira turma de Ensino Médio composta por mais de 30 estudantes da etnia Warao. Esses jovens participam de intensivas revisões de Português e Matemática, preparando-se para a avaliação diagnóstica que será decisiva para o início das aulas na Escola Indígena Oka ka Inaminanoko, situada no bairro Planalto Bela Vista.

Foto: Divulgação / Governo Estadual

Jovens da etnia Warao dedicados às revisões intensivas de Português e Matemática pela Seduc, preparando-se para a histórica avaliação que abrirá as portas para a primeira turma de Ensino Médio

As revisões, realizadas nos dias 8 e 9 de fevereiro, são um esforço conjunto para que esses estudantes estejam prontos para a avaliação diagnóstica de Recomposição da Aprendizagem, marcada para o dia 16 de fevereiro. Caso alcancem sucesso, as aulas da tão aguardada turma de Ensino Médio iniciarão em 19 de fevereiro.

Aliã Wamiri, coordenadora da Educação Escolar Indígena da Seduc, compartilha o entusiasmo e dedicação dos estudantes. "Esse é um momento de muita alegria. Os estudantes estão muito empolgados, dedicados e concentrados nas aulas, que acontecem o dia todo. O objetivo deles é conseguirem passar na avaliação para cursar a 1ª série do Ensino Médio. Essa é uma conquista importante para os indígenas que moram aqui em Teresina, pois eles têm um espaço educativo, cultural e que abarca todas as etnias", destaca Wamiri.

Foto: Divulgação / Governo Estadual

Jovens da etnia Warao dedicados às revisões intensivas de Português e Matemática pela Seduc, preparando-se para a histórica avaliação que abrirá as portas para a primeira turma de Ensino Médio

A Escola Indígena Oka Inami Nanoko, localizada no bairro Planalto Bela Vista, é equipada com uma estrutura adequada para atender às comunidades indígenas da região do Entre Rios, das etnias Guajajara e Warao. O foco inicial será oferecer um projeto de alfabetização trilíngue para refugiados da etnia Warao, representando a inclusão de indígenas venezuelanos.

O secretário da Educação, Washington Bandeira, ressalta a importância de reconhecer e promover um ambiente inclusivo, priorizando a valorização das tradições culturais indígenas. "A escola adotará metodologias específicas, adequadas aos seus costumes e que associem novos conhecimentos relevantes para a comunidade indígena", afirma o secretário.

Essa iniciativa não apenas representa um avanço significativo para a educação indígena na região, mas também destaca o compromisso do sistema educacional em promover a diversidade cultural e garantir oportunidades de aprendizado a todas as comunidades, independentemente de sua origem étnica.