Prorrogação do auxílio emergencial pode causar rombo de R$ 1 trilhão em 2020

O presidente Jair Bolsonaro deve editar nesta terça (1º) a medida provisória que estende o auxílio pelos próximos 4 meses

A prorrogação do auxílio emergencial por mais 4 meses com parcelas de R$ 300 deve ampliar os gastos da União neste ano em mais R$ 100 bilhões. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (1º. de setembro).

Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilDe acordo com apresentação feita por técnicos do BC em Brasília, o risco de superendividamento é maior quando o mutuário acumula mais de uma modalidade de crédito

O presidente Jair Bolsonaro deve editar nesta terça (1º) a medida provisória que estende o auxílio pelos próximos 4 meses. O valor será de R$ 300 mensais, metade do que é pago hoje. O anúncio da prorrogação do auxílio emergencial será feito no Palácio do Alvorada. Bolsonaro, ministros e aliados devem participar da cerimônia.

A despesa extra leva o governo pode causar um rombo inédito nas contas públicas próximo a R$ 1 trilhão em 2020.

O total de recursos do Orçamento liberados pelo governo para o auxílio emergencial é de R$ 254 bilhões (inclui parcelas pagas e valores que ainda serão repassados). Até essa segunda-feira (31/8), foram pagos R$ 184,6 bilhões a 67,2 milhões de pessoas.

De acordo com projeção feita a partir de números fornecidos pela Caixa e pelo Ministério da Economia, a liberação de cada uma das próximas parcelas de R$ 300 deve ter custo de ao menos R$ 25 bilhões. O valor total do programa deve ficar próximo a R$ 360 bilhões, o maior gasto do governo na pandemia.

Lei Orçamentária

O governo enviou o projeto de Lei Orçamentária Anual de 2021 ao Congresso na última segunda-feira (31/8). O Renda Brasil ficou fora do projeto. O programa elaborado pela equipe de Bolsonaro deve substituir o auxílio emergencial e o Bolsa Família em 2021.

Para isso, será necessário arranjar recursos para o projeto. O governo já definiu aumento na previsão de despesas no Bolsa Família, de R$ 29,5 bilhões em 2020 para R$ 34,85 bilhões em 2021. Alta de 18,1%.

"Por uma questão sócio econômica, dada a pandemia, se prevê um aumento das famílias que se encaixam nos critérios do programa", disse o secretário de Orçamento Federal, George Soares, ao ser indagado sobre o aumento.

A estimativa do governo é que 15,2 milhões de famílias utilizem o programa em 2021, ante 13,2 milhões em 2020.

Fonte: Poder360

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