Grupo Teatral no Escuro realiza performance com foco no protagonismo artístico das pessoas com deficiência visual
O Ator, Escritor e Teatrólogo, Edgar Jacques, a convite do projeto "Olho no Lance" ministrou a Oficina “Corpo cego cênico em cena” em Brasília
Intervenção artística no Conic, espaço que mistura comércio e cultura em Brasília (Foto: Jacinto Teles/JTNEWS)
Edgar Jacques furante Intervenção artística no Conic, espaço que mistura comércio e cultura em Brasília (Foto: Jacinto Teles/JTNEWS)
Intervenção artística no Conic, espaço que mistura comércio e cultura em Brasília (Foto: Jacinto Teles/JTNEWS)
Intervenção artística no Conic, espaço que mistura comércio e cultura em Brasília (Foto: Jacinto Teles/JTNEWS)
Intervenção artística no Conic, espaço que mistura comércio e cultura em Brasília (Foto: Jacinto Teles/JTNEWS)
Edgar Jacques furante Intervenção artística no Conic, espaço que mistura comércio e cultura em Brasília (Foto: Jacinto Teles/JTNEWS)
Na última sexta-feira, dia 18 de novembro, o Grupo Teatral no Escuro que faz parte do projeto "Olho no Lance" desde 2015 pesquisando, articulando e promovendo ações culturais, realizou uma apresentação no Conic Brasília.
O Grupo desenvolve seus espetáculos em processos colaborativos, com criação coletiva, em experimentos cênicos que permeiam os jogos teatrais, a contação de histórias, as intervenções urbanas e a imersão nos temas que surgem dos projetos de vida de cada participante. Além de encenar peças didáticas sobre os contextos da deficiência e colaborar com depoimentos encenados ou performances durante as ações protagonizadas pelo movimento de luta pelos direitos das pessoas com deficiência.
Ao JTNEWS, a coordenadora do projeto “Olho no Lance”, Clarissa Barros, falou acerca dos grupos artísticos que fazem parte do projeto, dentre eles, o Grupo Teatral no Escuro, que partindo da audiodescrição integrada, experimenta percursos criativos em que a visualidade não seja necessária.
A convite do projeto "Olho no Lance", o ator, dramaturgo, romancista e consultor em audiodescrição, Edgar Jacques ministrou nos dias 19 e 20 de novembro a Oficina “CORPO CEGO CÊNICO EM CENA”, que teve como público, os profissionais da área da cultura, atores, dançarinos com e sem deficiência visual e pessoas com ou sem experiência em atuação.
Com duração total de 8 horas, a oficina teve como objetivo mostrar que o corpo cego pode ser tão artístico e cênico quanto o corpo vidente, sem que para isso se precise negar aquilo que o compõe.
O corpo cego, bem como o vidente, deve ter ciência de como se está posicionado e de que maneira esse posicionamento revela sua expressividade. Tal expressividade, no entanto, estará embasada em referências diversas, ou seja, não fundamentadas na capacidade de funcionamento dos olhos.
Edgar Jacques que possui deficiência visual e já escreveu as peças 'Um Homem Comum", "Colibri o Ator Cego" e o espetáculo de dança sonora "Só Se Fechar os Olhos", traduzido para LIBRAS e intitulado "Para Além do Gesto" e também integra o elenco do Teatro Cego, projeto dentro do qual se fazem encenações no escuro total, falou ao JTNEWS sobre a importância do movimento e a Oficina “CORPO CEGO CÊNICO EM CENA”.
Projeto Novelas para escutar
“Novelas para escutar” faz parte de uma longa jornada do grupo teatral no escuro através das ações do projeto de Olho no Lance, coordenado e idealizado pela professora Clarissa Barros. Essa proposta realizou diversas atividades artísticas que divulgaram, fortaleceram e incentivaram a educação cultural e a profissionalização de agentes culturais dentro da comunidade DV (pessoas com deficiência visual). Entre uma das ações do projeto está o grupo teatral no escuro que desde 2015 pesquisa, articula e promove ações culturais em Brasília.
Conforme a organização, da experiência do Grupo Teatral No Escuro durante a pandemia da Covid-19 nasceu o presente projeto, “Novelas para escutar” que realiza oficinas presenciais e virtuais de formação que exploram a voz enquanto potência expressiva. Esse projeto possibilita às pessoas com deficiência visual produzirem autonomamente produtos artísticos em formato de áudio compartilhável como podcast ou radionovela.
Atualmente a comunidade de pessoas com deficiência visual têm discutido o audiodrama enquanto contribuição estética do segmento para as artes da cena, já que o audiodrama incorpora a audiodescrição desde o conceito inicial de cada proposta e prescinde do uso da visualidade. Ou seja, mais que radionovelas ou podcasts, os audiodramas são dispositivos que rompem com o paradigma da visualidade nas artes da cena.
Com a missão de garantir o protagonismo artístico das pessoas cegas e com baixa do DF e entorno, surgiu a parceria com a ABDV - Associação Brasiliense de Deficientes Visuais e a Ninja Loka Produção, parceria que conseguiu que o presente projeto fosse contemplado pelo edital 6/2021 Multicultural I da até então inédita categoria: Arte Inclusiva.
Fonte: JTNEWS
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