Corpo dá sinais quando há excesso de carboidrato; veja 7 deles

No caso dos carboidratos, além de problemas a longo prazo, há sintomas muitas vezes ignorados no dia a dia que podem ser consequências do excessodeles

O corpo humano costuma enviar alguns sinais quando se consome algo em excesso. No caso dos carboidratos, além de problemas a longo prazo, há sintomas muitas vezes ignorados no dia a dia que podem ser consequências deles.

Foto: Google ImagensNo caso dos carboidratos há sintomas muitas vezes ignorados no dia a dia que podem ser consequências deles
No caso dos carboidratos há sintomas muitas vezes ignorados no dia a dia que podem ser consequências deles

Apesar de principais fornecedores de energia, os carboidratos costumam ser considerados os "vilões" das dietas. Segundo especialistas, o segredo é dosar a quantidade nas refeições e escolher fontes saudáveis. A recomendação é optar por frutas, vegetais, tubérculos e raízes, conhecidos como carboidratos complexos —ricos em fibras, vitaminas, antioxidantes e mais nutrientes. Por outro lado, os farináceos (tudo o que leva farinha branca na receita) e os açúcares são os alimentos com pior efeito à saúde, pela baixa qualidade nutricional e também os principais responsáveis pelos sinais de excesso no corpo humano.

"Carboidratos naturais são excelentes fontes de energia. Podemos consumir tranquilamente. Já açúcares, pães, massas, produtos altamente industrializados e coisas prontas trazem excesso de carboidrato, energia e calorias, e é aí onde mora o problema", comenta Cristiane Lauretti, endocrinologista da rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Conheça abaixo sete sinais de problemas causados pelo excesso de carboidratos:

1. Produção de gordura e aumento de peso

Foto: Getty ImagesAumento de peso
Aumento de peso é o sinal mais comum

O sinal mais comum é o aumento de peso. Isso acontece porque se consome mais carboidratos do que a dose necessária e, assim, mais energia que se gasta. A maior quantidade de insulina, hormônio produzido no pâncreas, ainda faz com que as células adiposas formem mais gordura na região abdominal.

Carboidratos simples ou processados (farináceos e açúcares) também levam mais tempo para serem digeridos. Isso faz com que a sensação de saciedade demore a chegar e influencie para que as pessoas comam mais.

2. Noites mal dormidas

Você está demorando a pegar no sono à noite? Se sim, é importante observar também a alimentação. Pelo maior tempo de digestão dos processados, optar por refeições ricas nesses carboidratos não é a melhor escolha. A justificativa é simples: alimentos que conferem mais energia prolongam o processo digestivo e podem atrapalhar o sono.

"O ideal é que se faça uma refeição mais leve, e não em cima da hora de dormir, para que o corpo tenha tempo de processar essa digestão. Assim, ele vai repousar e não ficar 'brigando' para fazer uma digestão adequada", explica a nutróloga Marcella Garcez, professora e diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).

3. Mais estrias

Se você observou mais estrias no corpo, saiba que um dos motivos pode ser a sua alimentação. Uma dieta rica em alimentos refinados está relacionada ao surgimento dessas lesões na pele, principalmente por sua relação com o efeito sanfona —a pele sofre estiramento rápido e não consegue adaptar-se à nova forma, o que provoca a ruptura de algumas fibras e, consequentemente, a formação de cicatrizes.

4. Cansaço excessivo

O estímulo à produção de gordura corporal causado pelo grande consumo de carboidratos também está associado ao cansaço. "Carboidratos na dose certa são combustíveis, mas em excesso geram cansaço no corpo", afirma o nutricionista Rafael Longhi, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Mais uma vez, a recomendação é optar por fontes complexas de carboidrato, já que, diferente dos processados, farão o corpo usar a energia mais lentamente e evitarão a constante sensação de esgotamento.

5. Problemas na boca

Cáries, inflamação da gengiva e mau hálito também podem ser resultado de uma alimentação em desequilíbrio de carboidratos. No primeiro caso, bactérias presentes na boca metabolizam o açúcar nos alimentos e tornam o pH da região ácido. Isso influencia em um processo de desmineralização do esmalte dos dentes e no consequente surgimento das cáries.

O açúcar ainda favorece o acúmulo de placa bacteriana que, caso não seja removida, pode causar mau hálito e gengivite (inflações na gengiva acompanhadas de inchaço e sangramentos).

6. Problemas genitais

Problemas genitais podem ser causados pela incidência de carboidratos no corpo. Novamente, é preciso observar todo o quadro de saúde ao avaliar quais as origens da condição. Mas, por exemplo, a candidíase registra um pH vaginal mais ácido, que tem relação com o excesso de glicose. Nessas situações, o consumo excessivo de alimentos processados pode impactar em mais corrimento e no avanço da infecção.

7. No rosto: mais acnes

O aumento de acne está associado à alimentação rica em carboidratos processados. Isso acontece porque produtos com farinha branca proporcionam maior produção de insulina, estimulando a pele a secretar mais óleo.

Quanto comer de carboidrato?

Além de fornecer energia, os carboidratos são importantes para preservar a massa magra, ajudar na imunidade e saúde da flora intestinal. Eles também são a principal fonte de antioxidantes, que protegem contra doenças crônicas. Por isso, seu consumo é importante para uma vida saudável.

Mas, qual o percentual ideal para cada um? O nutricionista Rafael Longhi explica que isso pode variar, porque depende da individualidade metabólica de cada pessoa --que engloba índice de gordura no corpo, peso e altura, além dos objetivos a serem alcançados.

"A diferença entre veneno e antídoto é a dose. Há cálculos para se determinar a quantidade correta de carboidratos para um indivíduo, que devem ser feitos com auxílio de nutricionista. Cada um tem a sua dose ideal, segundo suas características corporais e objetivos", reforça o professor da UFMG.

No entanto, como recomendação geral, os carboidratos devem representar de 50% a 65% do valor calórico total do dia, as gorduras em torno de 20 a 30% e as proteínas, de 15% a 20%. Na prática, na hora de montar seu prato, divida-o em quatro partes iguais: em uma delas coloque os carboidratos (arroz, batata, batata-doce, mandioca, mandioquinha); em outra, as proteínas (carne, peixe, ovo, frango); e nas outras duas partes que sobraram devem ir verduras e legumes pobres em carboidrato (brócolis, couve-flor, abobrinha).

Fonte: JTNEWS com informações do Viva Bem

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