Justiça nega liberdade a acusados de assassinar jovem grávida na zona norte de Teresina

A Justiça negou pedido de liberdade a Thiago Fernando Dias e Gabriel Rodrigues, acusados do homicídio triplamente qualificado da jovem grávida Bárbara Teresa Ferreira de Sousa, que foi morta a tiros em 3 de outubro de 2024, na região da Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.

Foto: Reprodução

Bárbara Teresa Ferreira de Sousa

A decisão foi assinada pelo juiz de Direito da 3ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, Múccio Miguel Meira, no último dia 27 de junho.

Conforme a decisão, as defesas dos acusados pediram a revogação da prisão alegando, em síntese, ausência dos requisitos ensejadores da prisão cautelar, excesso de prazo na formação da culpa, e inobservância da obrigação de revisão periódica da prisão.

O magistrado, por sua vez, ponderou que a custódia cautelar dos acusados está devidamente fundamentada na necessidade de garantia da ordem pública, tendo em vista a gravidade concreta da conduta – homicídio qualificado agravado, aborto provocado por terceiro e integrar organização criminosa. “Ainda acerca da revisão da necessidade de manutenção da prisão preventiva, o prazo indicado na norma (prisão superior a 90 dias) não tem natureza peremptória, de sorte que sua inobservância não resulta, por si só, na ilegalidade da prisão nem impõe a imediata e automática colocação do investigado ou acusado em liberdade”, destacou o juiz em sua decisão.

Por fim, o magistrado manteve as prisões preventivas dos acusados Thiago Fernando Dias e Gabriel Rodrigues e designou a audiência de instrução e julgamento para o dia 22 de julho de 2025, às 9h, quando serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo representante do Ministério Público e pelas defesas dos acusados, e, na sequência, realizados os debates orais, conforme disposto no art. 411, do Código de Processo Penal.

Entenda o caso

Bárbara Teresa Ferreira de Sousa foi morta em 3 de outubro de 2024, na região da Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina. Ela era companheira de um traficante conhecido como Israel de Assis Damasceno, ligado ao PCC, que estava sendo procurado por rivais que pretendiam mata-lo, mas acabaram tirando a vida dela.

Em função da morte de Bárbara, desencadeou-se uma série de homicídios naquele mesmo dia, que tiraram a vida de outras três pessoas: Jeniffer Lourrane Gomes de Sousa, Elton Emanuel Patrício dos Santos Alves (ambos envolvidos com crimes) e o borracheiro Francisco das Chagas Silva dos Santos.