André Mendonça deve anunciar nesta semana novo diretor do Departamento Penitenciário Nacional
Fabiano Bordignon seria o diretor-geral da Polícia Federal se Sérgio Moro tivesse conseguido se segurar no governo após a conturbada exoneração de Maurício Valeixo da PFO ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, deve exonerar nesta semana o delegado da Polícia Federal, Fabiano Bordignon da direção geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão central de Execução Penal do País, subordinado diretamente ao Ministério da Justiça.
No Ministério da Justiça o comentário na tarde dessa quarta-feira era de que o ministro André Mendonça iria receber o ainda diretor geral do Depen, Fabiano Bordignon em audiência para tratar acerca da transição no órgão e, provavelmente o ministro já anunciaria o sucessor de Bordignon.
Fabiano Bordignon é delegado da Poícia Federal, inclusive quando foram inauguradas as penitenciárias federais ele chegou a ser diretor da penitenciária federal do Paraná. Caso o ex-ministro Sérgio Moro tivesse 'sobrevivido' à turbulência da polêmica exoneração de Maurício Valeixo da direção geral da Polícia Federal e continuasse à frente do Ministério da Justiça do governo Bolsonaro, Fabiano Bordignon seria o seu indicado para a direção da PF.
Após a saída de Sérgio Moro ficou insustentável a permanência de Bordignon na direção geral do Depen, por motivos óbvios, já que era alguém de confiança do ex-ministro da Justiça.
Fabiano Bordignon teve uma atuação bastante técnica no Departamento Penitenciário Nacional, privilegiou profissionais de carreira, policiais penais federais à frente de importantes diretorias no órgão penitenciário. Tanto naquelas ligadas ao Sistema Penitenciário Federal como ao Sistema Penitenciário Nacional, que coordena a política penitenciária direcionada às Unidades da Federação.
Destaca-se nesse rol, a Diretoria de Políticas Penitenciárias, atualmente dirigida pelo piauiense Sandro Abel Barradas, servidor de carreira do Ministério da Justiça, como policial penal federal e que dispõe de importante conhecimento técnico junto ao órgão de Execução Penal nacional.
Fabiano Bordignon deu importante contribuição para a regulamentação da Polícia Penal, cuja instituição foi criada no final do ano de 2019, por meio da Emenda Constitucional Nº 104/2019, após ampla e histórica luta dos policiais penais brasileiros, que por mais de duas décadas lutavam incansavelmente pela concretização dessa importante instituição policial de defesa da cidadania e combate ao crime organizado, a partir das facções criminosas intra e extramuros.
O Depen constituiu Grupo de Trabalho (GT), presidido pelo policial penal federal, Diego Mantovaneli, com a participação de diversos segmentos profissionais, não somente do âmbito federal como dos estados e DF [oriundos dos governos das unidades federativas e das entidades nacionais classistas, a exemplo da AGEPPEN-BRASIL e da FENASPEN, representantes dos Policiais Penais].
Silêncio Sepulcral que atrasa a Polícia Penal
Diga-se de passagem, os trabalhos a nível nacional, não fluíram mais, devido a incompreensível omissão de parte de importantes secretários de Administração Penitenciária dos estados, que, lamentavelmente se opõe à urgente regulamentação da Polícia Penal, por meio de um silêncio sepulcral que apenas favorece mesmo que "involuntariamente" ao crime organizado que atua nos presídios brasileiros.
A regulamentação da Polícia Penal só trará benefícios, não somente ao Sistema Prisional, mas, principalmente à sociedade que se a cada momento tem sido vítima da violência que ocorre nos presídios brasileiros, em grande parte o crime organizado tem controlada as criminosas de gramde porte a partir do interior dessas prisões.
Nenhuma polícia no Brasil, por mais capacitada que seja, tem as condições inerentes à Polícia Penal, pelas próprias peculiaridades dos seus integrantes que dispõem de expertises inigualáveis no Sistema Prisional. Portanto, o que tem faltado é a sensibilidade e responsabilidade dos seus dirigentes [com honrosas exceções] para viabilizar tal regulamentação.
A Polícia Penal tem fundamental importância nesse novo contexto de segurança pública no País, isso é inegável e precisa ser entendido.
A AGEPPEN-BRASIL e o presidente da Frente Parlamentar Mista de Desenvolvimento Estratégico, deputado federal - Capitão ALberto Neto defendem que o Depen seja dirigido por Policial Penal de Carreira
A Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN-BRASIL) e o presidente da Frente Parlamentar Mista de Desenvolvimento Estratégico e Combate ao Narcotráfico e ao Crime Organizado no Brasil, deputado federal - Capitão Alberto Neto, encaminharam documentos no último dia 30, ao ministro de Esdado da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, propugnando pelo êxito da nova gestão frente a importante pasta governamental, bem como pela nomeação de um Policial Penal de Carreira para a direção do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), órgão central de Execcução Penal e subordinado diretamente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
"Espera-se que o ministro André Mendonça, siga o seu próprio exemplo enquanto profissional de carreira e possa dar oportunidade para que a recém criada Polícia Penal seja dirigida por profissional de careira, como realmente dave ser, pois nenhuma outra força de Segurança Pública do País é dirigida por alguém alheio aos seus quadros", observou Jacinto Teles Coutinho, diretor jurídico da Associação Nacional de Policiais Penais do Brasil.
É muito importante que o senhor ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, possa nomear logo [sem demora] o novo diretor geral do Depen, pois esse órgão desempenha, no momento, uma das funções mais sensíveis no combate ao Cononavírus que é no Sistema Prisional.
Este setor que está a merecer uma atenção super especial, considerando que existem ações ainda bastante ineficazes em alguns estados da Federação e a direção geral do Depen exerce papel fundamental no acompanhamento e monitoração dessa importante e delicada área da segutrança pública brasileira.
Fonte: JTNEWS
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