Wellington Dias diz que a posição dos governadores do Brasil "é salvar vidas em primeiro lugar"

Ministro da Saúde se reuniu nesta terça-feira (8/11) com governadores, que cobraram do governo federal plano nacional de vacinação contra COVID-19

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou nesta terça-feira(8/11) que o prazo de aprovação de uma vacina contra a COVID-19 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é de 60 dias. O minsitro foi enfaticamente cobrado pelos governadores para implementação de um plano nacional de imunização contra a COVID-19.

Foto: REUTERS/DIVULGAÇÃOMinistro da Saúde Pazzuelo
Ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, foi cobrado por governadores sobre vacinas contra a COVID-19

“E a Anvisa, dentro de sua responsabilidade para analisar o registro da vacina, é acusado (sic) um tempo para obter (a aprovação do imunizante). E esse tempo, até agora colocado, gira próximo a 60 dias”, afirmou Eduardo Pazuello.

Pazuello falava sobre a vacina produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido).

O ministro disse que o imunizante está na fase três, mas que deve ser concluído até o fim deste ano. “Qual é a previsão disso (registro) encaminhar para a Anvisa? Pelos nossos contatos, até o final de dezembro”, disse.

As informações foram prestadas pelo titular da Saúde durante reunião com governadores – o encontro foi marcado pelo bate-boca entre Pazuello e João Doria (PSDB), governador de São Paulo e principal rival do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que acusou o governo federal de politizar a vacina contra o novo coronavírus.

“A vacina Covas Facility recebeu investimento de R$ 2.5 bilhões. O ministério anunciou também investimento de mais de R$ 1 bilhão na vacina da AstraZeneca. Ambas não foram aprovadas pela Anivsa. Agora, a CoronaVac não recebeu nenhum investimento do governo federal.

O que difere, ministro, a condição da sua gestão de privilegiar duas vacinas em detrimento de outra? É de ordem ideológica, política ou razão de falta de interesse em disponibilizar mais vacinas?”, questionou Doria.

Foto: Estado de São PauloDoria recebeu o diretor do laboratório Sinovac, Xing Han, para divulgar os resultados dos estudos da fase três de testes da Coronavac na China
Doria que na foto aparece com diretor do laboratório Sinovac da China; cobrou explicação do ministro da Saúde sobre a preferência com determinadas vacinas em detrimento de outras

Pazuello respondeu que a pasta acompanha o desenvolvimento de nove vacinas e negou viés político na corrida pelo imunizante contra a COVID-19.

Os governadores, como Wellignton Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Paulo Câmara (PSB-PE), Helder Barbalho (MDB-PA) e Gladson Cameli (PP-AC) cobraram ações efetivas e com planejamento estratégico para atingir toda a população brasileira, inclusive com o maior número de vacinas possíveis, desde que eficentes, não pode haver restrição. 

O que queremos é salvar vidas em 1º lugar

O JTNEWS destaca na fala do governador Wellington Dias à Globo News, a que diz textualmente que "a posição dos governadores do Brasil, ela é muito clara: [...] o que queremos? É salvar vidas em primeiro lugar... todas as vacinas... [não temos restrição a nenhuma vacina] a vacina está autorizada, é segura, tem eficiência? Essa é a vacina boa para os brasileiros", enfatizou o governador do Piauí.

Foto: Ascom/Governo do PiauíGovernador do Piauí, Wellington Dias
Governador do Piauí, Wellington Dias e o secretário de Saúde Florentino Neto

Os governadores cobraram do governo federal um plano concreto de vacinação, cronograma de datas, relatórios sobre compras e entregas de imunizantes, e, principalmente um plano nacional de imunização contra a COVID-19, por meio de todas as vacinas eficientes, venham de onde vier.

Fonte: JTNEWS com informações suplementares

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