Vitamina C e zinco são ineficazes na recuperação de pacientes da COVID-19, diz estudo

Pesquisadores acompanharam 214 adultos com diagnóstico confirmado da doença e observaram como eles respondiam a tratamentos de dez dias com gluconato de zinco e vitamina C

Desde que a pandemia de COVID-19 se espalhou pelo mundo, muitas formas de combater a doença foram cogitadas. Uma delas é o fortalecimento do sistema imunológico de forma a garantir que o organismo esteja preparado para enfrentar o Novo Coronavírus se entrar em contato com o ele.

Foto: Reprodução/Olhar Digitalsuplementos

Dois elementos bastante conhecidos por serem capazes de fortalecer a imunidade são a vitamina C e o zinco – e ambos foram amplamente receitados para doentes com COVID-19 em diferentes partes do mundo. Enquanto a vitamina C é um antioxidante que reforça o sistema imune, o zinco é importante para a imunidade.

Agora, um estudo indica que nenhum dos dois suplementos ajuda na recuperação de pacientes contaminados pelo Novo Coronavírus. Os pesquisadores acompanharam 214 adultos com diagnóstico confirmado da doença. A ideia era observar como eles respondiam a tratamentos de dez dias com gluconato de zinco (50 miligramas/mg), vitamina C (8.000 mg), ambos ou nenhum. Não foi observada redução significativa da gravidade ou da duração dos sintomas de COVID-19 em nenhum caso.

O estudo foi realizado entre abril e outubro de 2020. Como não foram observadas diferenças importantes entre os quatro grupos de pacientes, a pesquisa foi encerrada antes do previsto. Os resultados foram publicados no JAqMA Open Network.

Os participantes da pesquisa não estavam internados. Todos fizeram tratamento em casa. “Nem todos os pacientes com COVID-19 precisam de cuidado hospitalar. E era importante estudar essa população, porque ela é mais propensa a procurar por suplementos que possam ajudar quando ficam doentes”, avalia Suma Thomas, vice-presidente de operações estratégicas do Instituto Cleveland e coautora da pesquisa.

Segundo Milind Desai, diretor de operações clínicas no Instituto Cleveland, quando o teste foi iniciado, não havia pesquisas sobre terapia suplementar para a prevenção ou o tratamento de pacientes com COVID-19. “Enquanto a pandemia se espalhava pelo mundo, tanto a comunidade médica como os cidadãos procuravam suplementos que pudessem prevenir a infecção ou amenizar os sintomas”, diz. “Descobrimos que a vitamina C e o zinco são ineficazes, mas o estudo de outras terapias continua.”

Fonte: JTNEWS com informações do Olhar Digital

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