VAR atua com polêmica e prejudica vários times na 22ª rodada do Brasileirão

Erros provocaram reações de técnicos, dirigentes, e até mesmo de ex-presidente de clube

Antes da introdução do VAR as polêmicas também aconteciam nas rodadas do futebol brasileiro, mas eram bem menores do que as de hoje. A 22ª rodada do Brasileirão não foi exceção. Erros, acertos e confusão em três jogos importantes: Flamengo 0 x 0 São Paulo, Corinthians 1 x 0 Vasco e Inter 1 x 1 Palmeiras. Claro que o discurso após a partida é o mesmo de sempre: o de achar culpados e muitas vezes de cabeça inchada fazer acusações absurdas que tal árbitro beneficiou clube A ou B. Absurdos que o mundo futebolístico sempre gerou. A defesa da camisa, custe o que custar, sem se preocupar em afetar C ou D.

Foto: Créditos: Fernando Torres / CBFVAR
VAR

Na partida de Corinthians e Vasco, o VAR atuou, com polêmica, claro. Anulou o gol do Vasco da Gama, que segundo o técnico Vanderlei Luxemburgo, o gol era legal, pois apenas o corpo do jogador do Vasco estava a frente da linha corinthiana, e de acordo com ele, só estaria em impedimento se o pé do jogador estivesse a frente dos demais, e não estava.

- Os meus jogadores estavam reclamando que no lance do gol deles, tinha tido uma mão e não foi revisado. Cabe uma revisão do lance. O que mais tenho que reclamar... O Gaciba foi na quarta-feira fazer uma palestra no CT. Ele pegou um vídeo sobre lance de impedimento e mostrou o que caracteriza. Eu já tenho a imagem do VAR que a mão do Werley está na linha vermelha, mas não tem nenhum jogador do Vasco na azul. Ele foi enfático e disse que o que caracterizava o impedimento não é a mão, mas os pés. Então não foi impedimento. O gol foi legal. O Gaciba é um cara legal, está tentando mudar... Vem publicamente trazer essa imagem e dizer o que aconteceu. Se ele tiver outra imagem de impedimento, ficarei calado. Ou vem publicamente dizer que a palestra que ele deu os árbitros não colocaram em prática. Essa é a reclamação.

Disse Vanderlei.

Foto: Foto: Bruno GiufridaVanderlei Luxemburgo
Vanderlei Luxemburgo

No empate entre o vice-líder Palmeiras e Inter, no Beira-Rio, por 1 a 1, o gol que daria a virada ao time paulista, que ficaria a um ponto do líder Flamengo, foi anulado por causa do VAR. Um lance polêmico e que gerou discussão acalorada nas redes sociais, nos programas de debates das rádios e TV’s. Carlos Eugênio Simon, comentarista de arbitragem do FOX Sports, por exemplo, disse que o VAR errou. “Considero o gol legal. Tremenda injustiça anular”, afirmou Simon.

Presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte deu entrevista após o empate e acenou com a possibilidade absurda de benefícios a terceiros.

“É só fazerem um levantamento, muitos lances em que o VAR não tem atuado em jogos do Flamengo, ontem (sábado) foi um exemplo. O pênalti do Guerrero, é outro. São coincidências, são fatos, mas que a gente tem que vir a público dizer. A gente não quer isso, queremos um futebol sério, que marque, que apite igual para todos", completou Galiotte.

O presidente do vice-líder pediu justiça, prometeu reclamar na CBF e citou mais uma vez possíveis benefícios ao líder Flamengo.

"O Felipe Melo leva cartão em absolutamente todas as jogadas, ontem (sábado) o Gabriel (Barbosa) pisou no atleta, e acho que o VAR estava desligado, porque não foi pedido. Hoje, a bola bateu na mão do Willian, parece que bateu, numa falta que ele recebeu, e cadê a falta? Somos prejudicados num lance faltoso contra o Palmeiras, gol anulado, e nem a falta marcada. Estamos pedindo critério, justiça, que a arbitragem atue de forma séria", disse.

Até o ex-presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, desafeto do atual presidente, e que tem evitado falar sobre o clube detonou o VAR em uma publicação em sua rede social.

“Revoltante! Parece brincadeira de mau gosto! Sinceramente achei que esse recurso extra-campo, que CLARAMENTE foi usado de maneira ilegal e decidiu a final do Paulistão de 2018, viesse oficialmente para ajudar e dar credibilidade ao futebol! Hoje percebo que esse VAR, cheira mal!”, disparou Nobre.

O VAR foi uma aposta boa, teve investimento, vontade. Mas não funciona do jeito que está. Por que? Cada árbitro tem um critério, uma interpretação, e surgem sempre novos protocolos a cada erro ou dúvida. O técnico do Palmeiras, Mano Menezes, deu uma declaração forte também sobre os sucessivos erros da tecnologia.

“Nós assistimos todos os jogos, uma hora é uma coisa e outra hora outra. Ontem (sábado) vimos lance de cartão vermelho que o VAR não chamou. Todos chegamos na conclusão que era lance de cartão vermelho. Isso decide um campeonato. Não pode decidir campeonato porque vai ser ruim para a nova ferramenta que estamos implantando. O VAR não pode ter camisa, o VAR não pode ter pressão, o VAR não pode ter estádio. Tem que ter uma linha de conduta para que todos saibamos que tem que se comportar. Sabemos que não foi o caso dessa semana, ficou claro”, afirmou o treinador.

O que me deixa irritado é o espetáculo dos homens do apito. Você já reparou como o árbitro de campo enche o peito e faz gestos espalhafatosos após a decisão do árbitro de vídeo? Você chega até duvidar se ele deu um pênalti ou anulou tamanho o pavão que ele se transforma. Chega a ser patético!

De fato o VAR tem gerado muita polêmica e vem induzindo os juízes a cometer erros cruciais e decisivos nas partidas, chegou para bagunçar ainda mais, decidindo os jogos na cara limpa, lances claros que não geram dúvidas passam ser vítimas do VAR. Resta aguardar a posição e as medidas que serão tomadas pela CBF para acalmar os ânimos.

Fonte: JT News com informações do Fox Sports

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