Suspeito preso na Rússia diz que iria receber R$ 27 mil pelo ataque
Vídeo mostra prisão de acusado de atentado que matou mais de cem pessoas em MoscouUm dos quatro acusados pelo atentado terrorista que matou ao menos 143 pessoas na noite de sexta (22) em Moscou afirmou ter sido contratado para fazer o ataque pelo equivalente a R$ 26,8 mil. "Recebi metade no cartão", reclama, algemado, aos policiais que o detiveram.
![Corpo de pessoa morta durante atentado a casa de espetáculos Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, é visto enquanto equipes de emergência inspecionam o local](/media/image_bank/2024/3/corpo-de-pessoa-morta-durante-atentado-a-casa-de-espetaculos.jpg)
Ele e outros três suspeitos de terem atirado contra a plateia que esperava por um show de rock na casa Crocus City Hall foram pegos após furar um bloqueio policial na região de Briansk, 340 km a sudoeste de Moscou. A ação foi coordenada pelo FSB (Serviço Federal de Segurança, na sigla russa).
Com eles a polícia encontrou passaportes do Tadjiquistão, república ex-soviética de maioria muçulmana na Ásia Central. O Estado Islâmico, grupo terrorista combatido pela Rússia na guerra civil da Síria, assumiu a autoria do ataque.
![Um dos quatro acusados pelo atentado terrorista que matou ao menos 143 pessoas na noite de sexta (22) em Moscou](/media/image_bank/2024/3/um-dos-quatro-acusados-pelo-atentado-terrorista-que-matou-ao.jpg)
No vídeo, o preso é questionado sobre o que fazia no Crocus. "Ataque", responde, dizendo que a motivação foi "por dinheiro". "Cerca de meio milhão de rublos, que não recebi. Recebi metade no cartão", completa.
![Letreiro da casa de shows Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, pega fogo após atentado ao local](/media/image_bank/2024/3/letreiro-da-casa-de-shows-crocus-city-hall-nos-arredores-de.jpg)
A ação foi a mais violenta em 13 anos na capital russa, ultrapassando em número de mortos o ataque que deixou 37 vítimas no aeroporto de Domodedovo, em janeiro de 2011. O país tem longo histórico de conflito com o extremismo islâmico, e o maior massacre da sua história recente foi durante o cerco para libertar uma escola tomada por tchetchenos em Beslan (Ossétia do Norte), em 2004, que deixou 334 mortos.
A Prefeitura de Moscou divulgou que vai indenizar a família de cada morto na ação em R$ 160 mil, pagando um terço disso a parentes de quem precisou ser internado. Outdoors eletrônicos em toda a cidade estão tomados por mensagens de condolências pela tragédia.
Fonte: JTNEWS com informações da Folha de S.Paulo
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