Sapateiro posta Bolsonaro carregando sapato com balas de revólver 'fake

Nessa quarta-feira (16/03), o designer de sapatos Fernando Pires, um dos mais conhecidos no Brasil, postou em suas redes socias uma foto do presidente Jair Bolsonaro (PL) segurando um modelo de calçado, atravessado, na parte de cima, por uma fileira de balas de revólver "fake", feitas em metal. 

Nos comentários, internautas repercutiram: "Que coisa mais horrível, de mau gosto e extremamente apelativo", disse um. "Estamos numa violência sem fim… guerra, fome, miséria, pandemia, crimes políticos e crimes de arma de fogo nas ruas e ao invés de você utilizar seu talento para fazer algo que traga algo de bom, você usa seu talento para colocar balas num sapato? E o presidente mostra como se isso fosse lindo? Onde a violência pode ser bonita? Seu talento é incontestável, mas a forma que você resolveu ultimamente demonstrar está completamente sem noção!", afirmou outro.

O designer já havia presenteado o apresentador de programa policial Sikêra Jr. com modelo de calçado semelhante —um par de mocassins de verniz—, em junho de 2020.

Bolsonarista assumido, Fernando Pires, de 68 anos, é reconhecido por seus sapatos marcantes e cheios de estilo, principalmente direcionados ao público feminino. Foi o sapateiro de inúmeras celebridades, como Ludmilla, Ivete Sangalo, Sabrina Sato, Claudia Raia, entre outras.

Em entrevista ao UOL, em 2020, depois de aparecer publicamente usando uma máscara com a imagem de Bolsonaro, o estilista rebateu as críticas e defendeu o político. "O povo fala que o Bolsonaro disse que preferia ter um filho morto do que gay. Que é misógino, discrimina negros. Onde as pessoas leram isso? Me mostra!. As pessoas evoluem. O presidente tem amigos em comum com o (promoter carioca) Amin Khader, que não pode ser mais gay. O Amin já postou várias fotos abraçando o Bolsonaro."

"Elas [homossexuais] me xingaram de tudo o que você puder imaginar. Gay maricona, velha gagá, surtada, disseram que meu sapatos sempre foram horrorosos, que nunca tiveram relevância. Só faltaram me enterrar", concluiu ele.