Promotor acusado de cobrar R$ 3 milhões para arquivar investigação é alvo de operação da PF
A investigação teve início após a vítima relatar à Polícia Federal que foi abordada pelo promotor em um restaurante, onde ele teria imposto um prazo curto para o pagamento da quantia milionária.Maurício Verdejo Gonçalves Júnior, promotor de Justiça no Piauí, titular da 6ª Promotoria de Picos, foi o principal alvo da Operação Iscariotes, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Piauí nessa quarta-feira (7). Ele é investigado por exigir a quantia de R$ 3 milhões para arquivar uma investigação contra um empresário.
A ação foi realizada em Teresina e envolveu a Procuradoria-Geral de Justiça do Piauí, resultando na apreensão de R$ 900 mil em espécie na residência do promotor. A investigação teve início após a vítima relatar à Polícia Federal que foi abordada pelo promotor em um restaurante, onde ele teria imposto um prazo curto para o pagamento da quantia milionária, ameaçando prosseguir com a investigação caso o pagamento não fosse efetuado.
Devido à gravidade das acusações, o Procurador-Geral de Justiça do Piauí foi acionado e solicitou a cooperação da Polícia Federal, já que a entrega do dinheiro era iminente. O promotor, que possui prerrogativa de função, agora pode ser acusado de concussão, crime que envolve a exigência de vantagem indevida em razão do cargo público.
Em resposta à representação ministerial, o Tribunal de Justiça do Piauí expediu o mandado de busca e apreensão, que foi prontamente cumprido. A Operação Iscariotes, nomeada em alusão à traição de Judas, reflete a gravidade da situação, onde um agente público é acusado de trair a confiança do Estado.
O Ministério Público do Piauí emitiu uma nota reafirmando seu compromisso com a justiça e o combate à corrupção, destacando que a instituição continuará a investigar o caso de forma imparcial, cumprindo seu dever de defender os interesses da sociedade.
CONFIRA A NOTA
O Ministério Público do Estado Piauí se manifesta perante a sociedade piauiense acerca da Operação Iscariotes, realizada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, 07 de agosto, e que resultou no cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor de um promotor de Justiça.
A Subprocuradoria-Geral de Justiça Jurídica, órgão do MPPI, no exercício das suas atribuições processuais de investigação dos membros da instituição, informa que solicitou a cooperação da Polícia Federal diante dos indícios de que o Promotor de Justiça havia pleiteado vantagem indevida para sustar procedimento criminal.
O Ministério Público reafirma seu papel de instituição que representa os interesses sociais, a integridade na Administração Pública e o combate ao crime e à corrupção, trabalhando de forma imparcial pela promoção da Justiça.
O próprio Ministério Público remeteu representação ao Tribunal de Justiça, que expediu o mandado de busca e apreensão, devidamente cumprido.
O MPPI prosseguirá cumprindo seus deveres e atribuições. Independentemente do investigado, o compromisso da instituição é com a Justiça.
Fonte: JTNEWS
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