PF indica que empresário 'parece' ter batido no filho de Moraes em Roma
O relator do caso no STF, ministro Dias Toffoli, prorrogou por 60 dias o inquérito da PF que apura os supostos ataques sofridos pelo ministro Alexandre de Moraes no aeroporto internacional de Roma.Em relatório preliminar sobre imagens enviadas pelas autoridades italianas para apurar os atos de hostilidade contra o ministro Alexandre de Moraes do STF (Superior Tribunal de Justiça) e sua família no aeroporto de Roma, a Polícia Federal disse que as gravações parecem confirmar um tapa com as costas da mão no filho do magistardo.
O que mostra o relatório da PF:
A agressão teria partido do empresário Roberto Mantovani, que estava acompanhado da esposa Andrea Munarão. Mantovani e sua família são investigados por suposta injúria e agressão física contra Moraes e sua família.
![Momento em que a mão de Roberto Mantovani atinge Alexandre Barci.](/media/image_bank/2023/10/momento-em-que-a-mao-de-roberto-mantovani-atinge-alexandre-b.jpeg)
O inquérito foi aberto a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), após ter sido provocada pelo próprio Moraes.
O documento da PF diz que "imagens do Aeroporto Internacional de Roma permitem concluir que Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão provocaram, deram causa e, possivelmente, por suas expressões corporais mostradas nas imagens, podem ter ofendido, injuriado ou mesmo caluniado o ministro Alexandre de Moraes e seu filho Alexandre Barci de Moraes".
"Posteriormente, a breve discussão entre os dois, visivelmente motivada pelas ações de Andreia Munarão, que provocaram uma aparente verbalização por parte de Barci, Roberto Mantovani levantou a mão direita e atingiu o rosto (ou os óculos) de Alexandre Barci de Moraes, deslocando ou fazendo sair de sua face o acessório do filho do ministro", acrescenta o texto.
Toffoli prorroga inquérito; vídeos seguem sob sigilo
O relator do caso no STF, ministro Dias Toffoli, prorrogou por 60 dias o inquérito da PF que apura os supostos ataques sofridos pelo ministro Alexandre de Moraes no aeroporto internacional de Roma, na Itália, em julho deste ano.
Além de prorrogar as investigações, Toffoli derrubou o sigilo das investigações sobre ofensas a Moraes. Ele manteve, contudo, o segredo sobre as imagens, liberando apenas os documentos do processo que analisam as gravações.
A pedido da PF, Toffoli concedeu mais prazo para a conclusão das investigações. Segundo o Supremo, a PF ainda está analisando as imagens enviadas pelas autoridades italianas, que chegaram ao Brasil há um mês.
A justificativa, segundo Toffoli, é que as filmagens expõem outras pessoas além das envolvidas no caso. As imagens foram entregues ao Ministério da Justiça no dia 4 de setembro.
Defesa fala em "estranheza o sigilo das imagens"
Em nota enviada ao UOL, Ralph Tortima Stettinger, advogado da família acusada de agredir Moraes, destaca "que o sigilo serve aos interesses de apenas uma das partes, com a utilização de imagens escolhidas a dedo". Além de afirmar que o "relatório [é] feito por um agente da Polícia Federal, não por peritos".
Conflito de versões
Os suspeitos negam a agressão a Moraes. Os autores dos supostos ataques são Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanatta Bignotto. Roberto e Andreia são casados, enquanto Alex é genro de Roberto.
Segundo o advogado da família Mantovani, o filho de Moraes é que teria iniciado as agressões verbais contra Andreia. Na sequência, Roberto, para defender a esposa, teria "afastado o rapaz com os braços", segundo afirmou em entrevista ao UOL. Já Moraes alegou em depoimento à PF que recebeu dois ataques verbais, de Roberto e de Andreia.
Os dois teriam acusado o ministro de ter "fraudado as urnas e roubado as eleições". Os suspeitos respondem ao processo em liberdade. Durante as investigações, a família foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Na ocasião, foram apreendidos um computador e um celular.
Fonte: JTNEWS com informações do UOL
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