O Brasil é um dos países onde meninas e jovens mulheres mais sofrem assédio on-line, aponta estudo

No dia 11 de Outubro deste ano, o Prefeito Firmino filho, usou suas redes sociais para levar informação e conhecimento sobre temas que precisam ser discutidos

Em todo o mundo, milhões de meninas sofrem todo os tipos de discriminação, abusos e violências desde a primeira infância. A desigualdade de gênero, por exemplo, é uma prática que contribui para o aumento da pobreza contra meninas, e diante dessa realidade, surgiu o “Dia Internacional da Menina”. 

Foto: DivulgaçãoUma em cada cinco meninas conhece outra que já sofreu violência
Uma em cada cinco meninas conhece outra que já sofreu violência

Para alterar essa realidade, a organização internacional sem fins lucrativos Plan International lançou a campanha “Por Ser Menina” (“Because I’m a Girl”), uma ação global que visa evidenciar as situações de violência e preconceito vividas por meninas ao redor do mundo.

Teresina foi a primeira capital brasileira a ter o Dia Municipal das Meninas, a Lei 4.962, que foi sancionada em 12 de fevereiro de 2016, de autoria da vereadora Teresinha Medeiros (PPS), representa mais um avanço para o mundo das mulheres, porque a preocupação é discutir desde cedo, nas escolas, com as crianças, a valorização ao ser mulher, à menina, e promover a discussão sobre os seus direitos, provocando a ampla discussão, no sentido de informar e conscientizar a sociedade também sobre o combate à violência contra mulher.

Foto: TV Cidade VerdePrefeito Firmino Filho
Prefeito Firmino Filho

No dia 11 de Outubro deste ano, o Prefeito Firmino filho, usou suas redes sociais para levar informação e conhecimento sobre temas que precisam ser discutidos. A estudante Vitória, de 15 anos, que participa do projeto “Líderes de Mudança”, da Plan International Brasil, e também é administradora de um perfil no instagram, onde pauta a insegurança que as meninas enfrentam nas redes sociais e a luta para garantir mais liberdade e segurança virtual, assumiu as redes sociais do gestor e levantou questões sobre assédio nas redes.

Foto: Ascom/PMTEstudante Vitória, de 15 anos
Estudante Vitória, de 15 anos

Enquanto para alguns a reação negativa por parte de mulheres abordadas virtualmente é considerada exagero ou “mimimi” (expressão que se popularizou recentemente na internet e acaba sendo bastante utilizada para desqualificar opressões sofridas por minorias sociais), institutos de pesquisa de todo o mundo encaram o tema com mais seriedade.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Avon no ano de 2018, mostrou que a internet tem sido um espaço onde as mulheres podem encontrar conforto e podem partilhar suas experiências, mas também é uma plataforma onde muitas delas sofrem diferentes tipos de violência.

Entre os maiores desabafos no meio social, a violência física é a mais expressiva (23%), o assédio moral (22%) é o segundo maior relato, seguido do assédio sexual (20%). No assédio virtual, o envio de foto íntima é o mais recorrente. Entre as plataformas onde mais se discute o assunto sobre a violência contra a mulher, o Facebook está em primeiro lugar com 41%, seguido do Twitter (16%), Instagram (9%) e Whatsapp (7%).

 Assédio sexual configura comportamento criminoso e pode gerar até dois anos de detenção, em caso de condenação. Segundo a advogada especialista em Direito Digital e atuante na área desde 2005, Gisele Truzzi, a “cantada” invasiva pode ser considerada uma contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor, definida pelo artigo 61 da Lei de Contravenções Penais (Lei nº 3688/41). Nesse caso, a pena imposta é a de uma multa definida em processo judicial. 

Fonte: JTNEWS

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