MP-RJ solicitou dados de viagens realizadas por Flávio Bolsonaro, diz site

O MP-RJ pediu à Decolar.com os valores das passagens, de transporte, hotéis, pacotes turísticos e as formas de pagamento

A Justiça do Rio de Janeiro solicitou em fevereiro de 2020 os dados de viagens realizadas pelo senador Flavio Bolsonaro (sem partido) e sua mulher, Fernanda Antunes Bolsonaro, de 1º de janeiro de 2007 a 17 de dezembro de 2018 – período em que Flavio era deputado do Estado. As informações deveriam ser entregues ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) como parte das investigações do suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado.

Foto: Sérgio Lima/Poder 360Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro

A determinação foi divulgada pelo portal Uol nesta sexta-feira (19). A decisão foi do juiz Flávio Itabaiana Oliveira Nicolau, juiz da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Nicolau também determinou a prisão de Fabricio Queiroz na última quinta-feira (18). Ele era ex-assessor de Flavio Bolsonaro e é investigado no mesmo caso.

O MP-RJ pediu à Decolar.com os valores das passagens, de transporte, hotéis, pacotes turísticos e as formas de pagamento. Também solicitou as datas, origens e destinos das viagens realizadas nos 12 anos, bem como os nomes que constavam nos bilhetes.

A empresa afirmou que enviar os dados violaria a intimidade dos investigados e chegou a recorrer duas vezes na Justiça. Não obteve êxito. A Decolar.com declarou que “atendeu à decisão judicial, fornecendo as informações solicitadas”.

A Justiça do Rio de Janeiro disse não ser possível verificar a movimentação processual para confirmar se os dados foram recebidos porque o processo corre sob sigilo.

Eis a nota divulgada pela assessoria de Flavio sobre o caso:

“Trata-se de mais uma ilação de alguns promotores de injustiça do Rio. O patrimônio do senador é totalmente compatível com seus rendimentos e isso ficará inequivocamente comprovado dentro dos autos”.

Queiroz e rachadinhas

Fabricio Queiroz foi alvo da operação Anjo, que apura esquema de rachadinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Os investigadores chegaram a cumprir um mandato de busca e apreensão em loja do agora senador, Flavio Bolsonaro.

Queiroz é investigado depois de constatação de movimentações bancárias atípicas em suas contas. Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) revelou que o ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão de 2016 a 2017.

Queiroz foi encontrado em em Atibaia (SP). Ele estava em uma propriedade de Frederick Wassef, advogado de Flavio e Jair Bolsonaro.

O presidente classificou de “espetaculosa” a prisão de Queiroz. Bolsonaro também disse que foi avisado da operação pelo que chama de sistema de informação particular: “Amigos meus”.

Fonte: Poder360

Comentários