Marinha confirma que barril de óleo da Shell foi achado em Natal
Barril apresentava o logotipo da empresa, estava cheio e não apresentava vazamentosA Marinha confirmou na quinta-feira (17) que o navio patrulha Guaíba recolheu um tambor de 200 litros de óleo na Ponta de Tabatinga, a 7,4 km da costa de Natal (RN). Este apresentava o logotipo da Shell, estava cheio e não apresentava vazamentos.
Amostras do conteúdo foram enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. A Marinha ressaltou, no entanto, que "os dados disponíveis até o momento não permitem concluir se o episódio tem relação com outros tambores encontrados no litoral de Sergipe (que também tinham o logo da Shell) ou com o óleo que tem se espalhado pelas praias do Nordeste".
A Shell havia informado que os tambores encontrados em Sergipe eram originalmente embalagens de lubrificantes para navios, de um tipo que não é produzido no Brasil. A empresa disse também que não havia reutilizado seus tambores.
Em nota divulgada ainda na quinta-feira, a Shell afirmou que recebeu a informação de que um novo barril havia sido encontrado "Trata-se de embalagem de Omala S2 G 220, uma outra linha de lubrificantes", esclareceu, lembrando que, segundo a própria Marinha, o tambor estava fechado e não apresentava vazamento.
Oriente Médio
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os barris achados foram produzidos e comercializados por empresas do grupo Shell localizadas na Europa e no Oriente Médio. Em documento sigiloso, a Shell encaminhou ao governo brasileiro dados de dois compradores dos produtos encontrados no País.
A primeira é a empresa Hamburg Trading House FZE, uma distribuidora com base nos Emirados Árabes, que adquiriu 20 tambores. O segundo cliente é a empresa Super-Eco Tankers Management, com base em Monróvia, na Libéria, que comprou cinco tambores do lote da Shell.
O lote de tambores, que tem data de 17 de fevereiro de 2019, foi produzido em Dubai pela Shell Markets. No documento, a Shell informa que o primeiro tambor encontrado com a logomarca da empresa "não foi produzido ou comercializado pela Shell Brasil".
Nota de Esclarecimento
Também na quinta-feira, a Shell liberou uma Nota de Esclarecimento a respeito do produto. Confira a Nota.
Para fins de esclarecimento, a Shell Brasil informa que o conteúdo original das embalagens com a marca Shell encontradas na Praia da Formosa, no Sergipe, não tem relação com o óleo cru presente em diversas praias do Nordeste brasileiro.
Trata-se de embalagens de Argina S3 30, um lubrificante para embarcações,de lote não produzido no Brasil. A coloração e as características do produto em questão são bem diferentes do óleo cru encontrado nas praias (conforme ilustrado na imagem). Além disso, cabe ressaltar que o adesivo em um dos tambores encontrados em Sergipe traz a data de 17/02/2019 associada ao envase do lubrificante Argina S3 30, e que a mancha de óleo cru que atinge o litoral começou a impactar a costa em setembro.
Os fatos apontam para uma possível reutilização da embalagem em questão – reutilização esta que não foi feita pela Shell. Adicionalmente, a companhia informa também que não transporta óleo cru acondicionado em barris em rotas transatlânticas.
Ainda sobre os tambores com rótulos de lubrificante encontrados no litoral do Sergipe, a Shell Brasil confirma que recebeu a notificação do IBAMA e respondeu dentro do prazo.
No dia 17 de outubro, a Shell Brasil recebeu a informação de que um novo tambor foi encontrado pela Marinha do Brasil no litoral do Rio Grande do Norte. Trata-se de embalagem de Omala S2 G 220, uma outra linha de lubrificantes. De acordo com o informe da Marinha, esse tambor estava fechado, com a presença de um líquido ainda não identificado em seu interior, e não apresentava vazamento.
Fonte: JTNews, com informações do Correio 24h e Shell
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