Mais de 50% da população brasileira está imunizada contra a Covid-19

Foram as 651.053 segundas doses registradas nesta quarta que levaram o país a passar dos 50%. A imunização só é considerada efetiva duas semanas após a aplicação da segunda dose

Nesta quarta-feira (20/10), o Brasil chegou a mais de 50% da população com esquema vacinal completo contra a Covid-19, ou seja, metade dos brasileiros tomaram as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilVacinação contra a COVID-19
Vacinação contra a COVID-19

Foram as 651.053 segundas doses registradas nesta quarta que levaram o país a passar dos 50%. Também foram notificadas 292.943 primeiras doses, 40.389 doses únicas e 116.585 doses de reforço.

Com as doses registradas, já são 152.325.559 brasileiros com a primeira dose. Ao todo, 106.874.272 já tomaram também a segunda ou a dose única, o equivalente a 50,1% da população.

A imunização só é considerada efetiva duas semanas após a aplicação da segunda dose. Há quase quatro meses, entre junho e o começo de julho, Chile (o primeiro da América do Sul, em 22 de junho), Reino Unido e Uruguai atingiram esse patamar de vacinação. Na segunda metade de julho e início de agosto, foi a vez de Portugal, Alemanha, Estados Unidos e França ultrapassarem a marca de metade da população imunizada.

Gibraltar, em 14 de março deste ano, foi o primeiro no mundo a alcançar a marca de 50%. Na América do Sul, além de Chile e Uruguai (2 de julho), Equador e Argentina completaram a vacinação de metade da população em 8 de setembro e 3 de outubro, respectivamente.

Os Estados Unidos, que tiveram um processo inicial rápido de vacinação nos primeiros meses de 2021, perderam velocidade com o tempo e só alcançaram os 50% de vacinados em 1º de agosto.

O país vem sofrendo para avançar com o programa vacinal devido à resistência da população e conta com somente 57,1% dos americanos vacinados, segundo dados do CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA) de terça-feira.

O Brasil, ao contrário do vizinho Chile, dos EUA e do Reino Unido, teve um início de campanha vacinal lento. Um dos motivos foi a falta de disponibilidade de imunizantes. Outro fator que pesou contra o país foi a inação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

O país, nos primeiros meses deste ano, apoiou-se, basicamente, na Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, para levar adiante a campanha de vacinação. Os grandes lotes da Covishield, vacina da AstraZeneca/Oxford produzida pela Fiocruz, sofreram sucessivos atrasos de produção e entrega, o que também contribuiu para menores valores de vacinação iniciais e concentração de uso de Coronavac.

Com o passar dos meses e críticas constantes sobre a falta de ação do governo federal, mais acordos por vacinas foram realizados, como no caso da Pfizer, que tentava, desde o segundo semestre de 2020, vender o seu imunizante para o Brasil.

No momento, além dos imunizantes já citados, o país também tem aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a vacina de dose única da Janssen. Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Fonte: JTNEWS com informações da Folhapress

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