Lava Jato deflagra operação no Rio que investiga fraudes no transporte público

A operação investiga supostos desvios no setor de transporte público e pagamento de R$ 260 milhões em propina a autoridades e agentes públicos do governo do Rio

A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro cumpre nesta quinta-feira (30) mandados de busca e apreensão em nova fase da operação Ponto Final. A ação foi autorizada pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Foto: Marelo CamargoPolícia Federal investiga a ação de uma suposta organização criminosa

A operação, conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal(MPF), teve a primeira fase deflagrada em 2017. Investiga supostos desvios no setor de transporte público do Rio e pagamento de R$ 260 milhões em propina a autoridades e agentes públicos do governo do Rio durante os anos de 2010 a 2016.

De acordo com a Lava Jato, um dos investigados mantém uma conta em uma instituição financeira em Holanda na qual guarda o dinheiro obtido por meio de propina para beneficiar empresários do setor de transportes públicos.

Nesta quinta-feira (30), buscas e apreensões foram realizadas na garagem e sede administrativa da empresa Costa Verde Transporte. Agentes da PF também fizeram buscas em um apartamento no Leblon, na zona sul da cidade. A identidade do dono do imóvel não foi divulgada. Prisões ainda não foram registradas.

Em julho de 2017, a operação prendeu 6 pessoas no caso, entre elas, Jacob Barata Filho, empresário do setor de transportes, suspeito de ter recebido R$ 23 milhões em propina.

Em audiência da Justiça Federal em dezembro de 2018, o empresário afirmou que, de 2010 a 2016, a Fetranspor pagou R$ 145 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral. No entanto, não detalhou o que deste pagamento foi propina e o que foi utilizado para a campanha do ex-governador.

“Sempre houve pagamento de, no mínimo, um apoio de campanha através de caixa 2 pelas empresas. Gostaria até de mencionar: o único governo que não tivemos apoio de campanha política foi o primeiro do Leonel Brizola (1983 -1987), isso em função de falta de entendimento político”, disse Barata na audiência.

Fonte: Poder360

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