Justiça pronuncia réu Bruno Arcanjo por homicídio qualificado contra o policial Marcelo Soares Costa

Os fatos aconteceram em 3 de setembro de 2024. Uma equipe da polícia estava cumprindo um mandado de prisão e busca e apreensão na residência de Bruno, na Vila Celeste.

O réu Bruno Manoel Gomes Arcanjo será julgado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado. A decisão, chamada de "pronúncia", foi tomada pelo juiz da comarca local. Bruno é acusado de matar um policial e de tentar matar outros quatro durante uma operação policial em sua casa.

Foto: ReproduçãoBruno Manoel Gomes Arcanjo
Bruno Manoel Gomes Arcanjo

Os fatos aconteceram em 3 de setembro de 2024. Uma equipe da polícia estava cumprindo um mandado de prisão e busca e apreensão na residência de Bruno, na Vila Celeste.

De acordo com a denúncia, os policiais chegaram, teriam gritado “Polícia” e forçado a entrada, pois não houve resposta. Assim que entraram, teriam sido recebidos a tiros por Bruno. O policial Marcelo Soares da Costa foi atingido no tórax e morreu. Outros quatro policiais (Laercio, João Francisco, Átila e Egídio) foram alvo de disparos, o que configura tentativa de homicídio. A arma usada era uma pistola 9mm, que na época era classificada como de uso restrito, o que é uma das qualificadoras do crime. Bruno se rendeu logo após, com a ajuda de sua esposa.

Foto: ReproduçãoMarcelo Soares da Costa
Marcelo Soares da Costa

Em seu depoimento, Bruno Arcanjo confessou ter atirado, mas alegou que não sabia que eram policiais, pensando que sua casa estava sendo invadida. A defesa dele tentou anular o processo, questionando se a entrada dos policiais foi legal.

No entanto, o juiz rejeitou os pedidos da defesa. Ele argumentou que os policiais sobreviventes foram uníssonos ao afirmar que se identificaram;  a discussão sobre se Bruno realmente pensou que era uma invasão e a repetição dos tiros devem ser decididas pelo próprio júri popular.

O juiz entendeu que há provas suficientes de que o crime ocorreu e indícios de que Bruno é o autor, por isso a decisão de levá-lo a júri. Ele manteve as acusações de homicídio com as qualificadoras de ter sido cometido contra uma autoridade e com arma de uso restrito.

O acusado continua preso preventivamente por causa da gravidade do caso.

Foto: Reprodução / Redes SociaisAdvogado Ítallo Coutinho
Advogado Ítallo Coutinho

O advogado da família do investigador, Ítallo Coutinho, informou que o Juízo já intimou as partes para apresentarem o rol de testemunhas que deporão em plenário. Coutinho declarou acreditar que o réu será condenado pelo Conselho de Sentença pelos crimes previstos na denúncia (homicídio qualificado consumado e tentado, com as qualificadoras apontadas). A família da vítima mantém-se à espera do júri e frisa a necessidade de responsabilização.

Fonte: JTNEWS

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