Juiz decreta prisão temporária de enfermeiro acusado de dopar e estuprar cunhada, em Teresina (PI)

A decisão veio após requerimento da delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher, solicitando a prisão preventiva de Ricardo da Paz

O juiz de Direito José Olindo Gil Barbosa, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, decretou, nessa quarta-feira (2), a prisão temporária do enfermeiro Ricardo da Silva Paz, acusado de dopar e estuprar a própria cunhada em um apartamento no Hospital São Marcos, em Teresina (PI).

Foto: JTNewsTribunal de Justiça
Tribunal de Justiça do Piauí

A decisão veio após requerimento da delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher, solicitando a prisão preventiva de Ricardo da Paz, sob a acusação de que ele teria dopado e estuprado a própria cunhada, na madrugada do último dia 31 de outubro, por volta das 4 horas da manhã.

Na ocasião, a vítima acompanhava o sogro, que é idoso e havia feito uma cirurgia no Hospital São Marcos. Ricardo da Paz, enfermeiro no mesmo hospital, teria oferecido um comprimido para a cunhada, que a teria feito entrar num estado de sonolência profunda e que teria permitido que ele praticasse o crime.

Segundo a delegada Vilma Alves, o enfermeiro não respondeu nenhum questionamento ao ser ouvido na delegacia. Ele estava acompanhado de seu advogado.

A defesa do enfermeiro apresentou atestado médico de 15 dias e um pedido de internação afirmando que ele foi diagnosticado com depressão. No entanto, sete testemunhas que trabalham com o enfermeiro afirmam que ele nunca apresentou qualquer problema mental.

Na decisão, o juiz destacou que verificou a necessidade da segregação de Ricardo, porém, no atual momento e a falta de outros elementos indiciários mais robustos, entendeu que a medida mais justa é a da prisão temporária em lugar da preventiva e decretou a prisão temporária pelo prazo de 30 dias.

O enfermeiro deverá ser recolhido em prisão especial ou quartéis, por ser portador de curso superior e permanecer separado dos demais detentos, por se tratar de prisão temporária. Após o prazo de 30 dias de detenção, Ricardo deverá ser posto imediatamente em liberdade, caso não seja determinada sua prisão preventiva.

Manifestação

Na manhã desta quinta-feira (3), familiares e amigos da vítima realizaram uma manifestação na frente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), pedindo celeridade na apuração do caso e a prisão preventiva do enfermeiro.

Eles também questionam a versão de que o enfermeiro possui problemas mentais. De acordo com eles, Ricardo só teria procurado atendimento psiquiátrico dias após o crime ser divulgado.

A assessoria do TJ-PI informou que  o caso já está com o juiz titular da vara, mas corre em segredo de justiça, por se tratar de um estupro. 

Fonte: JTNEWS

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