Governo vai investir R$ 1,8 bilhão em vacina do laboratório AstraZeneca
Segundo a pasta, o Brasil terá acesso a 30 milhões de doses da vacina de dezembro de 2020 a janeiro de 2021O Ministério da Saúde anunciou nessa sexta-feira (31) que assinou documento alinhando os detalhes da produção no Brasil da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. A pasta ainda divulgou que fará investimento de R$ 1,8 bilhão para a produção da vacina.
O Ministério da Saúde vai repassar R$ 522,1 milhões para a estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produtora de imunobiológicos. O objetivo é ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas. O restante do valor, R$ 1,3 bilhão, será gasto com despesas referentes a pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica, que deve ser assinado na segunda semana de agosto.
Segundo a pasta, o Brasil terá acesso a 100 milhões de doses da vacina: 30 milhões de dezembro de 2020 a janeiro de 2021 e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.
A vacina está na terceira fase de testes, o que significa que se encontra em estágio avançado de desenvolvimento. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina da AstraZeneca e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
“Essa ação do governo federal significa um avanço para o desenvolvimento de tecnologia nacional e de proteção da população brasileira”, disse Camile Giaretta, diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
O acordo com a AstraZeneca permite a incorporação tecnológica da vacina contra a COVID-19. Além disso, o domínio de uma plataforma para desenvolvimento de vacinas para prevenção de outras doenças, como a malária. Caso seja comprovada a eficácia, a vacina da AstraZeneca será distribuída pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), que atende o Sistema Único de Saúde (SUS).
A diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca, Maria Augusta Bernardini, disse que a vacina pode ficar disponível à população ainda este ano. “Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini. Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.
Vacinas no Brasil
O Brasil ainda participa de outro processo de testagem de vacina contra a COVID-19. O Instituto Butantan, de São Paulo, realiza testes da vacina do laboratório chinês Sinovac Biotech. Participam 9.000 voluntários em seis Estados.
Além desse, a Anvisa autorizou a empresa alemã BioNTech e a farmacêutica Pfizer a realizarem um ensaio clínico (testes de medicamentos em humanos) que estudará dois tipos de vacinas contra a COVID-19.
Fonte: Poder360
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