Ford só pode demitir após encerramento das negociações coletivas, diz MPT

De acordo com os procuradores, a empresa só poderá dispensar os funcionários depois de esgotados todos os meios de discussões

A montadora Ford, que anunciou o encerramento das atividades no Brasil em janeiro, só pode demitir em massa após o encerramento das negociações coletivas, informou o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Foto: Sérgio Lima/Poder 360Placa indicativa da montadora em Brasília (DF)
Placa indicativa da montadora em Brasília (DF)

De acordo com os procuradores, a empresa só poderá dispensar os funcionários depois de esgotados todos os meios de discussões.

O comunicado, segundo o MPT, foi divulgado para esclarecer a liminar do desembargador Edilton Meireles de Oliveira Santos, da Justiça do Trabalho da 5ª Região (Bahia).  Segundo os procuradores, a liminar não analisou as dispensas em massa. A decisão apenas esclareceu alguns pontos de sentença anterior da Justiça do Trabalho de Camaçari (BA), que havia exigido negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos.

De acordo com o MPT, a liminar autorizou a Ford a demitir individualmente os trabalhadores que tenham cometido justa causa e suspendeu a determinação de que a montadora apresente informações sobre toda a rede de contratos afetada pelo encerramento das atividades no Brasil. As demais exigências, informou a nota do GEAF, continuam valendo.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, a ação que exigiu as negociações coletivas tem como objetivo minimizar o impacto social e econômico do fim da atividade da Ford no país. A Ford anunciou o fechamento de todas as fábricas no Brasil, no início de janeiro, depois de 101 anos no país.

Fonte: JTNEWS com informações do Poder360

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