Filho de Bolsonaro, Jair Renan é alvo de busca e apreensão em Brasília e Santa Catarina
Conforme as investigações, Jair Renan e o instrutor de tiro Maciel Carvalho, forjaram relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas.A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na última quinta-feira (24), uma operação contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Um dos alvos da Operação Nexum é Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Há mandados de busca e apreensão contra Jair Renan: um cumprido no apartamento da família no Sudoeste, região nobre de Brasília, e outro em Balneário Camboriú (SC), onde ele mora. O quarto filho do ex-presidente é lotado no escritório de apoio do senador Jorge Seif (PL-SC) no litoral catarinense.
Os policiais cumprem ainda dois mandados de prisão. O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, empresário e instrutor de tiro de Jair Renan, preso em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal. Ele já havia sido alvo este ano das operações Succedere e Falso Coach e chegou a ser preso em janeiro. Conforme as investigações, o grupo agia a partir de um laranja e de empresas fantasmas usadas por Maciel com o propósito de ocultar a propriedade de bens.
Em janeiro, empresário foi preso na Operação Falso Coach pelos crimes de posse, porte e comércio ilegal de armas de fogo. Nesse caso, ele é acusado de usar documentos falsos para comprar um arsenal de armas. Em uma entrevista dada ao lado de Jair Renan, ele se identificou como advogado e ex-pastor da igreja Assembleia de Deus. Na segunda operação, a Succedere, Maciel foi acusado de crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais.
Segundo a PCDF, a nova investigação tem como base materiais apreendidos nas operações anteriores. De acordo com a operação, Maciel e Jair Renan participam de uma associação criminosa, junto com um “testa de ferro” ou “laranja”, para ocultar o verdadeiro proprietário de empresas de fachada ou empresas “fantasmas”. Maciel criou a identidade “Antônio Amâncio Alves Mandarrari” para abrir conta bancária e figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”. O terceiro envolvido no caso está foragido, acusado de homicídio.
Conforme as investigações, Jair Renan e Maciel forjaram relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, valendo-se de dados de contadores sem o consentimento deles, inserindo declarações falsas com o propósito de “alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, bem como mantém movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior”.
O nome da operação policial remete ao antigo instituto contratual do direito romano, “nexum”, representando a passagem do dinheiro e transferência simbólica de direitos. Participam das ações 35 policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor) e da Divisão de Inteligência Policial da PCDF e também da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina.
Fonte: JTNEWS com informações de Congresso em Foco
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