Empresário é preso acusado de torturar funcionário e diz ter sido furtado; vítima nega furto
O empresário admitiu o crime e informou que acreditava que a vítima teria furtado R$ 10 mil de sua propriedade. Ambas as acusações são investigadas pela Polícia Civil
Um empresário e o irmão dele foram presos em flagrante em Aparecida de Goiânia (GO) sob a acusação de torturarem um funcionário de 32 anos. O empresário admitiu o crime e informou que acreditava que a vítima teria furtado R$ 10 mil de sua propriedade. Ambas as acusações são investigadas pela Polícia Civil.
De acordo com uma versão apresentada à polícia, o empresário havia contratado a vítima, que pediu para não ser identificada, para trabalhar em uma obra. O empresário afirma ter deixado R$ 10 mil em uma gaveta, dentro do imóvel, na quarta-feira (19).
Na tarde de sexta-feira (21), o empresário foi procurar o dinheiro e notou que os valores não estavam no local. Acusou a vítima e um outro companheiro de trabalho dela de furto. Ambos negaram o crime. No sábado, por volta das 15h, o empresário foi até a casa da vítima, novamente acusando-o de furtar o dinheiro. O empresário chamou a vítima para conversar sobre o caso em sua casa, pedido que foi aceito.
Ao entrar na casa do patrão, a vítima conta que começou a ser agredida com tapas no rosto. Ele foi dominado e começou a ser agredido com uma mangueira. O empresário também teria tentado enforcá-lo. "Fiquei zonzo, nem vi de onde vinham as porradas que estava levando", contou o empregado.
Ele afirma que o empresário tentou forçar uma confissão, gravando a agressão com seu celular. Após bater na vítima até deixá-la quase desacordada, jogou água nele e teria passado.
Tortura pode dar até 8 anos de prisão; furto, até 4
O Portal UOL tentou falar com a família do empresário acusado de tortura e do irmão dele, mas ninguém da casa atendeu aos telefonemas. A reportagem também não localizou os defensore do empresário e do irmão.
De acordo com o advogado João Alves, especialista em direito penal pela Universidade de São Paulo (USP), a tendência é que os acusados permaneçam presos e sejam indiciados por tortura. "Por se tratar de crime inafiançável, os dois devem permanecer presos. Ele está sujeito a uma pena de até oito anos de prisão, além de multa", disse.
Procurada, a Polícia Civil de Goiás informou que também irá investigar o furto registrado pelo patrão. O responsável está sujeito a uma pena de até quatro anos, além de multa, mas, a princípio, a vítima da tortura não deve ser indiciada. Primeiro, eles irão fazer a investigação para determinar a autoria do crime. "A menos que existam provas do crime, como filmagens, a tendência é que ninguém seja indiciado. Trata-se de um crime que não costuma deixar rastros", informou Alves.
Fonte: UOL
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