Dória afirma que vacinação pode ter início este ano, médicos serão prioridade

O Instituto Butantan, responsável no Brasil pelos estudos com a CoronaVac, espera ter 46 milhões de doses do imunizante até dezembro

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nessa quarta-feira (23) que a expectativa do governo paulista é iniciar a vacinação contra a COVID-19 ainda neste ano, na segunda quinzena de dezembro.

Foto: Estado de São PauloDoria recebeu o diretor do laboratório Sinovac, Xing Han, para divulgar os resultados dos estudos da fase três de testes da Coronavac na China
Doria recebeu o diretor do laboratório Sinovac, Xing Han, para divulgar os resultados dos estudos da fase três de testes da Coronavac na China

“Poderemos iniciar a imunização de acordo com critérios de vacinação”, afirmou. A liberação da vacina, no entanto, ainda depende da conclusão dos estudos clínicos e da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Doria, médicos e paramédicos terão prioridade para a vacinação. O Instituto Butantan, responsável no Brasil pelos estudos com a CoronaVac – vacina da farmacêutica chinesa Sinovac Life Science – espera ter 46 milhões de doses do imunizante até dezembro. Também estima ter prontas outras 55 milhões de doses no primeiro semestre de 2021.

O governador também divulgou nessa quarta-feira (23) dados do estudo clínico da CoronaVac. A vacina foi considerada segura. Confira o estudo na íntegra.

Até o momento, 94,7%  dos voluntários não tiveram reação adversa, segundo o estudo. Os outros 5,3% tiveram efeitos adversos leves, como febre moderada, cansaço e dor no local da aplicação. Cerca de 1% teve efeitos de grau 2, como febre alta, perda de apetite, dor de cabeça e fadiga.

“Esses resultados comprovam que a CoronaVac tem um excelente perfil de segurança. Comprovam também a manifestação feita pela Organização Mundial de Saúde há duas semanas indicando a CoronaVac como uma das oito mais promissoras vacinas em desenvolvimento, no seu estágio final, em todo o mundo”, afirmou Doria.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse estar otimista. “A segurança e eficácia são dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina está pronta para uso emergencial na população”, declarou.

Fonte: Poder360

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