Depois de obstrução, sessão do Congresso é encerrada

A obstrução é um recurso usado pelas bancadas para tentar barrar o prosseguimento da votação de alguma matéria

A sessão do Congresso dessa terça-feira (8) foi encerrada depois de várias bancadas entrarem em obstrução para evitar a votação do projeto que remaneja pouco mais de R$ 3 bilhões do Orçamento da União, destinados à seguridade social e à educação.

Esse dinheiro, aprovado o projeto, será destinado para os Ministérios do Desenvolvimento Regional (R$ 1 bilhão), da Saúde (R$ 732 milhões) e da Defesa (R$ 541,6 milhões), entre outros órgãos.

Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoMesmo com a obstrução de várias bancadas, o projeto que remaneja recursos do Orçamento para emendas chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados
Mesmo com a obstrução de várias bancadas, o projeto que remaneja recursos do Orçamento para emendas chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados

O deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), que presidiu a sessão, informou que o projeto segue na pauta e terá sua votação concluída na próxima sessão do Congresso, prevista para as 10h desta quarta-feira (9).

Mesmo com a obstrução, a matéria chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados. A estratégia, no entanto, conseguiu barrar a votação no Senado — que contou com a presença de apenas 37 senadores, quatro a menos que o exigido.

A obstrução é um recurso usado pelas bancadas para tentar barrar o prosseguimento da votação de alguma matéria. Segundo os deputados e senadores que entraram em obstrução, o remanejamento de recursos para emendas foi uma forma de acordo entre o governo e os parlamentares para viabilizar a aprovação da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Barganha

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) definiu o PLN 18 como o projeto da barganha. Os deputados Jorge Solla (PT-BA), Erika Kokay (PT-DF) e Bohn Gass (PT-RS) também criticaram a matéria. O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) criticou a falta de transparência na liberação de emendas parlamentares e defendeu a rejeição do projeto. 

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o projeto está tirando R$ 1 bilhão da área de educação para pagar a conta da Reforma da Previdência. Ele destacou não ser contra as emendas, mas "contra seu uso como forma de barganha".

"Seria uma omissão se a oposição deixasse esse projeto ser aprovado", declarou o senador.

Fonte: Agência Senado

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