Defesa de Bivar cobra conclusão de inquérito sobre laranjas do PSL

"Eu quero crer que não tenha relação com esse momento político do PSL... Se a Polícia Federal agiu impulsionada em virtude de uma briga política do PSL com o presidente seria um absurdo completo

A defesa de Luciano Bivar (PSL-PE), que já classificou como estranha a decisão da Polícia Federal de realizar uma operação de busca e apreensão em endereços ligados ao presidente nacional do PSL em meio à crise do partido, agora vai pressionar a corporação a concluir o inquérito que apura a existência de candidaturas laranjas do PSL em Pernambuco. O advogado Ademar Rigueira explicou que quer por fim a essa investigação para provar a inocência de Bivar e, assim, livrá-lo de "interpretações políticas errôneas" que poderiam ser usadas nos palanques da próxima eleição.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilLuciano Bivar presidente do PSL, foco da PF em ação de busca e apreensão em seu domicílio
Luciano Bivar - presidente do PSL, foco da PF em ação de busca e apreensão em endereços ligados ao dirigente partidário

"Vamos acompanhar e tentar agilizar o máximo a conclusão desse inquérito para não sermos surpreendidos nas próximas eleições com isso ainda em andamento e, assim, correr algum tipo de risco. Vamos pressionar a Polícia Federal a concluir o inquérito, porque ele não pode ficar a vida toda sem conclusão, gerando interpretações errôneas para serem utilizadas em palanque", revelou, em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, o advogado de Luciano Bivar.

Ademar Rigueira explicou que foi surpreendido com os mandados de busca e apreensão da Operação Guinhol, deflagrada na manhã desta terça-feira (15) pela Polícia Federal em Pernambuco, porque essa operação diz respeito a um inquérito que corre desde o início do ano. É o inquérito que investiga a denúncia de que a candidata Maria de Lourdes agiu como laranja do PSL em Pernambuco na eleição do ano passado e que, como mostrou o Congresso em Foco, seguia sem conclusão ou novos desdobramentos até esta semana. "Luciano Bivar sequer foi ouvido nesse inquérito. Não prestou nenhum depoimento. E agora é um dos alvos da operação. É uma coisa estranha", afirmou o advogado, que classificou a operação desta terça-feira de "extemporânea".

"Eu quero crer que não tenha relação com esse momento político do PSL, porque se não seria o caos. Se a Polícia Federal agiu impulsionada em virtude de uma briga, uma discussão política do PSL com o presidente, seria um absurdo completo. Então, prefiro achar que é uma operação de praxe", comentou Rigueira.

 “Só falta fazer a busca na casa do Queiroz”, ironiza líder do PSL.

O advogado admitiu que, no caso das candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a autoridades como o então presidente estadual do partido, o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Por isso, acha que a operação desta terça-feira foi deflagrada com o objetivo de buscar elementos contra Bivar. "Uma pescaria para tentar conseguir algum elemento novo de prova", avaliou.

Ademar Rigueira garante, por sua vez, que não há provas contra Luciano Bivar e nem contra a ex-candidata Maria de Lourdes. E diz que, mesmo com os mandados de busca e apreensão desta terça-feira, a Polícia Federal não pegou "nada de importante". Por isso, reitera o pedido para que a Polícia Federal conclua a investigação.

Em Minas Gerais, Álvaro Antonio também diz que não há provas do seu envolvimento nas candidaturas laranjas. Ele diz que só foi envolvido no caso porque era presidente estadual do partido na época da eleição. Mesmo assim, o ministro do Turismo foi indiciado e denunciado.

Fonte: Congresso em Foco

Comentários