Controle de pandemia no Brasil poderia ser vitória para o mundo, diz OMS

O diretor executivo do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, classificou que a “situação se estabilizou” no país, e que há tendência de queda em algumas regiões

“Progresso não significa vitória”, afirmou nessa sexta-feira (21), em entrevista coletiva, o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. O alerta foi feito para países que voltaram a apresentar picos de crescimento de casos de COVID-19 após terem estabilizado a transmissão da doença.

Foto: DENIS BALIBOUSEDiretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus

Questionado sobre a situação do Brasil, o diretor executivo do Programa de Emergências, Michael Ryan, classificou que a “situação se estabilizou” no país, e que há tendência de queda em algumas regiões. "A situação no Brasil se estabilizou, de certa forma, em termos de número de infecções detectadas por semana", afirmou. "Mas há um número elevado de casos, entre 50 mil e 60 mil por dia e um número alto de mortes."

“Estamos em um período difícil no Brasil. Parece que eles podem melhorar, mas isso requer uma abordagem forte e dedicada para diminuir a transmissão e continuar a proteger o sistema de saúde”, argumentou. O médico citou o trabalho feito por profissionais de saúde que lutam diariamente contra a pandemia e elogiou os esforços para conter a doença.

Brasil: vitória para o mundo

Segundo Michael Ryan, o controle da pandemia no Brasil poderia representar uma vitória para o mundo, já que o país se encontra no segundo lugar em número total de pessoas infectadas. “O sucesso do Brasil é o sucesso do mundo [na luta contra a pandemia]”, afirmou.

Sucesso em menos de dois anos

Sobre as medidas de isolamento social e quarentena, Tedros Ghebreyesus afirmou que não é possível usá-los como soluções de longo prazo. Apesar da importância das medidas, a produção de uma vacina e um esforço global são necessários para conter a doença.

O diretor da OMS afirmou que acredita que a pandemia “seja freada em menos de dois anos”, considerando a tecnologia disponível e os recursos aplicados contra a COVID-19.  "Não podemos escolher entre economia e vidas. É uma falsa escolha. A pandemia é um alerta de que saúde e economia são inseparáveis."

Corrupção 

O médico comentou casos de corrupção que vem acontecendo em diversos países, como o Brasil, com recursos levantados para o combate à pandemia. “Corrupção é assassinato. As práticas criminosas em relação à pandemia precisam cessar”.

Fonte: Agência Brasil

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