Compartilhar..., na dimensão da sua essencialidade; por Jacinto Teles

Hoje compartilho com as pessoas que me são caras, o que tenho...

Poderia dizer: compartilho com vocês só amor, felicidade, alegria, perseverança, fé, resiliência e mais..., todavia, como o meu desejo é compartilhar verdadeiramente parte significativa do que tenho, então, compartilho nesta data especial, mais do que vocês provavelmente esperam dessa partilha.

Foto: Arquivo pessoal/JTNEWS

Jacinto Teles é jornalista, advogado e policial penal aposentado

Por não ser hipócrita, covarde ou cruel, isso, obviamente não compartilharei com vocês; mas, para além do amor, da felicidade, da fé, da perseverança, da alegria, da verdade, da gratidão, da dignidade e do companheirismo, compartilho um pouco da minha angústia, inquietação e indignação.

Creio que a minha inquietação compatibiliza-se com a minha angústia, meu senso de amor e sejam neste momento, a maior partilha desse ‘compartilhamento’.

Penso que atitudes, muitas vezes injustas, as quais praticamos, sejam a principal razão da nossa realidade, essa realidade muitas vezes não difundida, não conhecida, mas efetivamente vivida; que lamentavelmente são mais compartilhadas do que outras bastante díspares, que, ao contrário oxigenaria mais a vida.

Esta realidade que na maioria das vezes nos cala diante da Verdade, sim da Verdade [com 'V' maiúsculo mesmo], esta que necessariamente tem que ser dita, sim, dita! No momento em que é necessário, sobretudo para aqueles e aquelas que nos são caros (as), pois nestas pessoas, não raras vezes, constatam-se graves erros e quase sempre somos inertes com relação a isso [o que evidentemente vale pra mim], seja nas ações ou omissões, pessoais, profissionais, políticas e cristãs, para as que, como eu, assim se consideram.

Que nesta data emblemática do Natal, a gente possa compartilhar além do que é mais fácil de se entregar ao próximo... 

A gente também possa compartilhar um pouco de tudo que temos, principalmente da nossa fé, da nossa perseverança, resiliência, da Verdade, da nossa indignação, não somente com os políticos nocentes, incoerentes, mas com os eleitores de mesmo repudiável perfil.

Que compartilhemos, sobretudo, o amor, mesmo que ele seja tão pequeno, ao ponto de igualar-se à nossa ‘dimensão’, porém frente a um mundo tão injusto, desigual e odiento, isso já faria feliz diferença.

Assim é como desejo-lhes um Feliz Natal!