Violência contra a Mulher é tema de Audiência Extraordinária na Câmara dos Deputados
A proposta da Audiência foi apresentada pela deputada Renata Abreu (PODE-SP) e teve como tema "Prevenção do Machismo Estrutural - Projeto Nossos Valores"Na última quarta-feira (18), a Câmara dos Deputados foi plataforma de debate sobre a violência contra a mulher. O evento foi promovido pela Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara, cuja autora do Requerimento para a realização da Audiência Pública Extraordinária, foi a deputada Renata Abreu (PODE-SP).
O tema abordado foi "Prevenção do Machismo Estrutural - Projeto Nossos Valores" e teve como expositoras Adriana Sbroggio, Psicóloga, Mestre e Doutora em Ciências Médicas na saúde da mulher pela Unicamp; e Bethânia Theodoro, graduanda em Psicologia pela Universidade São Francisco.
É importante que a comunidade seja sensibilizada sobre esse assunto, mostrar que todos podem ajudar a coibir a violência contra a mulher. Conforme apresentado no encontro, houve uma queda de 6,7% nos casos de homicídio contra a mulher de 2017 para 2018.
Em contra partida, os registros de feminicídio aumentaram em 12%. Uma mulher é morta a cada duas horas no País. Os dados foram retirados do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Foram registrados cerca de 33 mil crimes de estupros. As maiores vítimas foram meninas com a idade por volta dos 14 anos de idade, representando 43 % dos casos. Ainda dos 33 mil, 49,8% dos estupradores eram companheiros ou parentes das vítimas. Isso mostra a tendência do estupro ser cometido por alguém próximo ou de confiança da mulher.
Nos mais de 14 mil casos de violência doméstica que aconteceram no Brasil, 58% das ocorrências foram cometidas pelo parceiro da vítima, seja namorado ou marido. A respeito dos dados sobre a maculinidade, 95% dos crimes de homicídio do mundo são de autoria masculina.
A masculinidade tóxica
É muito vigente o debate sobre as questões acerca da masculinidade tóxica e como a estrutura machista da sociedade fragiliza tanto homens como mulheres. A palestrante argumentou que, por ano, 68 mil homens morrem de câncer de próstata.
Isso acontece por causa do preconceito envolvido principalmente com a fragilidade da questão de orientação sexual, levando o adiamento de exames e cuidados básicos necessário. Esse é só um dos exemplos da pauta.
Em uma sociedade machista, o homem cresce sendo ensinado a não demonstrar dor nem sentimentos, o que gera grandes danos à saúde do homem. Crescendo ensinado a não sentir, ao apresentar problemas de saúde mental, eles são desacreditados com "homem não chora". Não é à toa, então, que a cada 10 suicídas 8 são do gênero masculino.
Portanto, o machismo ele tão prejudicial à mulher como ao próprio homem, pois termina sendo vítima de seu próprio preconceito e atitude como ficou demonstrado na palestra de Bethânia Theodoro.
Essa onda de despertar levou a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher a aprovar na última quarta-feira (18) a realização de um ciclo de debates sobre feminicídio. Para debate a Comissão pretende ouvir representantes do Ministério da Justiça; do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; do Poder Judiciário; das polícias; e de associações da sociedade civil.
Fonte: JTNews
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