Cadeia Pública de Altos inaugura horta feita pelos encarcerados

"Não há de se falar em ressocialização sem o binômio educação e trabalho", comentou o gerente da CPA, Antônio Vinícius

A Cadeia Pública de Altos (CPA), localizada a 28 km de Teresina (PI), inaugurou sua primeira horta feita pelos internos. No local foram colhidos cebolinha, coentro, tomate (cajá e cereja), abóbora, abobrinha, alface, maxixe, quiabo, melancia, pimentão e pepino.

Os produtos do trabalho dos encarcerados na CPA servirá, também, para que eles possam se alimentar de forma saudável. O gerente da unidade, Antônio Vinícus, falou com o JTNews sobre a medida. "Não há de se falar em ressocialização sem o binômio educação e trabalho. A meta da gestão CPA é estender a mão ao interno, fornecendo a ele oportunidade de mudar de vida, sair do crime e prover sua família", explicou.

Foto: Jacinto Teles/JTNewsO diretor da CPA Vinícius Rodrigues fazendo uma exposição sobre a estrutura, logística e segurança da CPA para o secretário Carlos Edilson e o governador Wellington Dias
O diretor da CPA fazendo exposição sobre a estrutura, logística e segurança da CPA para o secretário Carlos Edilson e o governador Wellington Dias durante a inauguração da Unidade

"Com mão de obra carceraria, a horta é uma prova concreta de que é possível, trouxemos um profissional de agronomia, que disseminou o conhecimento e hoje, com apenas três meses de inaugurada da unidade, já conseguimos colher o que plantamos, trazendo melhorias na alimentação dos internos, benefícios processuais advindo do trabalho e uma economia financeira para o Estado. É uma ação simples e tímida, mas que trará grandes e benéficas consequências", completou Antônio Vinícius.

A CPA conta com três pavilhões com capacidade individual para 201 detentos, totalizando 603. Os pavilhões são separados por nível de periculosidade. Atualmente, o estabelecimento conta com 471 presos dividos nos três pavilhões, recebendo diariamente presos oriundos das audiências de custódia.

Foto: Jacinto Teles/JT NewsCPA9
Carlos Edilson Rodrigues  e o gerente da Cadeia Pública de Altos, Antônio Vinícius 

"Uma pessoa que esteja presa por roubo, estelionato, não terá contato com um preso por assalto a banco. Essa ideia está sendo trabalhada em parceria da Secretaria de Justiça com a Secretaria de Segurança e a Superintendência de Risco criada pelo governador. Isso vai ser possível com o cadastramento biométrico", explicou o secretário de Estado da Justiça do Piauí, Carlos Edilson Rodrigues, para o JTNews em entrevista em julho de 2019.

Fonte: JTNews

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