Após massacre em Paraisópolis, Dória vai ao Rio e filia Bebiano ao PSDB, ex-ministro de Bolsonaro

Ao acolher Bebianno, Doria afirmou que o ex-aliado de Bolsonaro “agora está na direção certa”. “Agora a direção é a certa, a correta, a veloz, aquela que vai acelerar o Brasil”, discursou

O governador de São Paulo, João Doria, viajou neste domingo (1º) ao Rio de Janeiro para filiar ao PSDB o ex-ministro Gustavo Bebianno, que comandou o PSL na campanha de 2018 e se tornou desafeto do presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Tomaz SIlva/Agência BrasilPresidente Jair Bolsonaro e governador João Dória de São Paulo - solenida de formação de sargentos da PMSP
Presidente Jair Bolsonaro e governador João Dória de São Paulo - solenida de formação de sargentos da PMSP

Potencial candidato tucano à Presidência da República em 2022, Doria abonou pessoalmente a ficha de Bebianno, que critica os filhos do presidente e diz nunca ter visto tanta ignorância política no governo.

Ao acolher Bebianno, Doria afirmou que o ex-aliado de Bolsonaro “agora está na direção certa”. “Agora a direção é a certa, a correta, a veloz, aquela que vai acelerar o Brasil”, discursou.

Doria já tinha acolhido no PSDB Paulo Marinho, também coordenador da campanha do presidente e suplente do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ).

O governador paulista não mencionou o presidente em seu discurso, mas fez questão de comparar sua administração com a do governo federal. Doria disse que não demitiu seus colaboradores nem perde tempo com bobagens. “É atitude. Não é conflito. Não é mutilação”, discursou.

Foto: Congresso em FocoBebiano
Dos três ministro de Bolsonaro que aparecem na foto [1ª reunião do ministério] dois já cairam: Bebiano e Santos Cruz

Doria, que subiu em uma cadeira para encerrar seu discurso, disse também que “São Paulo vai crescer mais que o dobro do Brasil”.

O governador esteve no evento do PSDB no Rio horas após ao menos nove pessoas morreram pisoteadas na madrugada em um baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo.

Segundo registro policial, as vítimas foram pisoteadas depois de uma "ação de controle de distúrbios civis" —​ou seja, para dispersão do baile— feita pela Polícia Militar usando "munições químicas".

Nas redes sociais, Doria afirmou lamentar profundamente as mortes e que determinou ao secretário da Segurança Pública apuração "para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio".

Fonte: Folha de S.Paulo

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