Nove pessoas morrem pisoteadas em baile funk em Paraisópolis na zona sul de São Paulo
Secretaria Municipal de Saúde confirma mortes; Polícia diz que agentes foram atacados. Comunidade contradiz informação policial. João Dória diz ter determinado apuração do 'episódio lamentável'A Folha de S.Paulo traz hoje (1º), com informações do Agora, importante matéria sobre lamentável fato ainda não esclarecido, ocorrido em Paraisópolis nessa madrugada deste domingo em São Paulo, onde ao menos nove pessoas morreram pisoteadas em um baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul da capital paulista. Segundo a Polícia Militar, o tumulto começou por volta das 5h, quando uma moto passou atirando nos policiais.

A perseguição se deu por 400 metros e depois os suspeitos entraram no meio do baile ainda disparando. De acordo com o tenente-coronel Emerson Massera, eles usaram os frequentadores do evento como escudo humano.
Jovens feridos e familiares de vítimas afirmam, porém, que a ação da PM foi uma emboscada e não perseguição a suspeitos.
Imagens mostram cenas de pessoas sendo agredidas por policiais em vielas do local.
Uma adolescente de 17 anos que pediu para não ser identificada conta que ficou presa em uma viela após muita correria e recebeu golpes de cassetete de policiais militares em várias partes do corpo.
"Eles [PMs] foram realmente na maldade para ninguém conseguir correr. Eu ouvi tiros e vi muita gente pisoteada. Inclusive vi um policial dando uma garrafada em uma pessoa no meio da confusão. Eles fecharam as saídas das ruas e saíram espancando."
"Foi um desespero. Todo mundo correndo tentando salvar a própria vida. Vi gente desacordada e gente morta. Estamos acostumados com as bombas no baile. Tem quase toda semana. Mas, dessa vez fomos encurralados", diz Vinicius Martins, 18, outro frequentador.
A PM abriu inquérito para apurar circunstâncias do tumulto. Massera diz que a perseguição está comprovada, uma vez que policiais avisaram rapidamente sobre a abordagem, mas afirmou que ainda não é possível saber se eles agiram de forma correta.

Nas redes sociais, o governador João Doria (PSDB) afirmou lamentar profundamente as mortes e que determinou ao secretário da Segurança Pública, general Campos, apuração "para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio".
Três anos atrás, Doria definiu os pancadões como “um cancro que destrói a sociedade”, sob a guarda do PCC.
Recentemente, uma adolescente de 16 anos ficou cega do olho esquerdo após ser atingida por uma bala de borracha durante a dispersão de um baile funk, em Guaianases (zona leste da capital paulista).
Segundo a família da jovem, uma viatura da PM passou ao lado da adolescente e atirou contra a jovem com uma arma de bala de borracha, atingindo-a na região do olho esquerdo. Socorrida, ela foi submetida a uma cirurgia de reconstrução do globo ocular.
Fonte: Folha de S.Paulo
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