O réu Bruno Manoel Gomes Arcanjo será julgado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado. A decisão, chamada de "pronúncia", foi tomada pelo juiz da comarca local. Bruno é acusado de matar um policial e de tentar matar outros quatro durante uma operação policial em sua casa.
De acordo com a denúncia, os policiais chegaram, teriam gritado “Polícia” e forçado a entrada, pois não houve resposta. Assim que entraram, teriam sido recebidos a tiros por Bruno. O policial Marcelo Soares da Costa foi atingido no tórax e morreu. Outros quatro policiais (Laercio, João Francisco, Átila e Egídio) foram alvo de disparos, o que configura tentativa de homicídio. A arma usada era uma pistola 9mm, que na época era classificada como de uso restrito, o que é uma das qualificadoras do crime. Bruno se rendeu logo após, com a ajuda de sua esposa.
Em seu depoimento, Bruno Arcanjo confessou ter atirado, mas alegou que não sabia que eram policiais, pensando que sua casa estava sendo invadida. A defesa dele tentou anular o processo, questionando se a entrada dos policiais foi legal.
No entanto, o juiz rejeitou os pedidos da defesa. Ele argumentou que os policiais sobreviventes foram uníssonos ao afirmar que se identificaram; a discussão sobre se Bruno realmente pensou que era uma invasão e a repetição dos tiros devem ser decididas pelo próprio júri popular.
O juiz entendeu que há provas suficientes de que o crime ocorreu e indícios de que Bruno é o autor, por isso a decisão de levá-lo a júri. Ele manteve as acusações de homicídio com as qualificadoras de ter sido cometido contra uma autoridade e com arma de uso restrito.
O acusado continua preso preventivamente por causa da gravidade do caso.
O advogado da família do investigador, Ítallo Coutinho, informou que o Juízo já intimou as partes para apresentarem o rol de testemunhas que deporão em plenário. Coutinho declarou acreditar que o réu será condenado pelo Conselho de Sentença pelos crimes previstos na denúncia (homicídio qualificado consumado e tentado, com as qualificadoras apontadas). A família da vítima mantém-se à espera do júri e frisa a necessidade de responsabilização.
Fonte: JTNEWS