Alerj dar primeiro passo para libertar deputados presos pela Lava Jato no Rio de Janeiro

Ministra do STF, Cármen Lúcia informou ao TRF-2 que a Alerj teria 24 horas, a partir do recebimento da decisão do STF, para resolver se 3 deputados presos podem ser liberados

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta 2ª feira (21.out.2019), projeto de resolução estabelecendo a soltura de 5 deputados presos na operação Furna da Onça, 1 desdobramento da Lava Jato. O projeto será votado na 3ª feira (22.out.2019) no plenário.

Foto: TânIA Rego/Agência BrasilCCJ da ALERJ decide por maioria pela soltura de colegas deputados presos no Sistema Prisional
CCJ da ALERJ decide por maioria pela soltura de colegas deputados presos no Sistema Prisional

Por 5 votos favoráveis e 2 contra, a CCJ aprovou o projeto de resolução com 3 pontos:

soltura dos deputados;

afastamento dos mandatos;

extensão da medida a outros 2 parlamentares que não estavam citados em decisão da ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), que definiu ser atribuição da Alerj a soltura dos deputados.

A reunião da CCJ durou cerca de 4 horas. Votaram a favor todos os demais membros titulares da comissão:

Marcio Pacheco (PSC) – presidente;

Rodrigo Bacellar (SDD) – vice-presidente e relator;

Max (MDB);

Jorge Felippe Neto (PSD);

Carlos Minc (PSB).

Votaram contra o projeto os deputados Luiz Paulo (PSDB) e Dr. Serginho (PSL).

Para o deputado Luiz Paulo, a possível soltura dos parlamentares presos prejudicará a imagem da Alerj perante a sociedade. “Qualquer ato da Assembleia Legislativa, se não tiver em consonância com o desejo da sociedade, pode prejudicar a imagem. E cada 1 vota segundo a sua consciência”, disse Luiz Paulo.

Nenhum dos deputados da CCJ que votaram favoravelmente à libertação dos colegas presos deu declarações à imprensa. A reunião foi fechada.

PRAZO

Na 4ª feira (16.out.2019), a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia informou ao TRF-2 (Tribunal Regional da Segunda Região) que a Alerj teria 24 horas, a partir do recebimento da decisão do STF, para resolver se os deputados estaduais Luiz Martins (PDT), André Corrêa (DEM) e Marcus Vinicius Neskau (PTB) permaneceriam presos.

Foto: Rosinei Coutinho/STFCármen Lúcia na presidência da Segunda Turma do STF
Cármen Lúcia na presidência da Segunda Turma do STF

Esses 3 e mais os deputados Marcos Abraão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC) estão presos por conta da operação Furna da Onça que investiga casos de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos.

Os 3 deputados entraram com pedido de liberdade no STF, por isso, a decisão da ministra, mas a CCJ da Alerj decidiu incluir os outros 2 deputados na votação de amanhã.

Para serem libertados, a votação da Alerj precisa de maioria absoluta. Ou seja, o voto de 36 deputados.

Fonte: JTNews, com informações do Poder 360

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