AGOSTO DOURADO: Amamentar é Acolher, Nutrir e Transformar; por Grazi Mantovaneli
O dourado representa o padrão ouro de alimentação para os bebês: o leite materno.Agosto chega com um brilho especial. É o mês em que celebramos o AGOSTO DOURADO, símbolo da luta pela valorização do aleitamento materno. O dourado representa o padrão ouro de alimentação para os bebês: o leite materno. E neste ano, a Semana Mundial do Aleitamento Materno nos convida a refletir sobre o tema: “Priorizemos a amamentação: construindo sistemas de apoio sustentáveis.”

Esse tema carrega um apelo profundo: “precisamos cuidar de quem cuida”.
A amamentação não é apenas um ato biológico — é um gesto de entrega, de conexão, de dedicação e muito amor. E para que ele aconteça de forma plena, é essencial que a mãe esteja cercada de apoio, respeito e informação.
“Amamentar é mais do que alimentar. É olhar nos olhos do bebê e dizer: ‘estou aqui, você é muito amado e está seguro’. Mas para que essa mãe possa viver esse momento com tranquilidade, ela precisa ser verdadeiramente acolhida. Ninguém deveria passar por isso sozinha.”
Como enfermeira e tutora em Aleitamento Materno, tenho acompanhado histórias de superação, de dor, de muita determinação e de renascimento. Mães que enfrentam dificuldades físicas, emocionais e sociais, mas que, com apoio adequado, conseguem transformar o aleitamento em uma experiência bem-sucedida e prazerosa.
“O que mais escuto das mães é: ‘por que ninguém me contou que seria tão difícil?’ E é aí que entra nosso papel. Precisamos falar sobre os desafios, sim, mas apoiar à mãe e ao bebê e ajudar a encontrar soluções. Amamentar, no início, pode ser difícil, mas não precisa ser doloroso nem solitário.”

Apesar de ser um ato natural e essencial, amamentar ainda é cercado por tabus. Muitas mulheres enfrentam olhares de julgamento ao amamentar em público, são pressionadas a interromper precocemente o aleitamento ou se sentem envergonhadas por dificuldades que deveriam ser acolhidas com empatia. É preciso romper com essas barreiras culturais e sociais que silenciam mães e invisibilizam suas vivências. Amamentar é um direito — e deve ser respeitado em todos os espaços.
“Precisamos garantir que toda mulher tenha acesso à informação de qualidade e ao apoio necessário para viver essa experiência com segurança e afeto. Ninguém deve amamentar sozinha. O leite materno é alimento, vínculo e proteção — e isso só se sustenta com redes de apoio bem estruturadas.”
Neste Agosto Dourado, que possamos construir redes de apoio reais e sustentáveis. Que cada mãe encontre um ombro amigo, uma palavra de incentivo, um profissional preparado. Que o aleitamento seja visto como um direito — da mãe, do bebê e da sociedade.
A amamentação deve ser priorizada como um compromisso coletivo. Que cada mãe seja respeitada em suas escolhas, cada bebê seja nutrido com dignidade, e cada sistema — seja familiar, institucional ou governamental — se fortaleça para garantir que o aleitamento seja possível, prazeroso e sustentável.
Porque quando uma mãe amamenta com apoio, ela não está apenas nutrindo seu filho. Ela está plantando saúde, afeto e esperança para o futuro.

Por Graziela de Melo Mantovaneli, enfermeira e tutora em Aleitamento Materno e Alimentação Complementar pelo Ministério da Saúde.
Fonte: JTNEWS
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