Advogada Edilene Lôbo é a primeira mulher negra a assumir cargo de ministra no TSE
Durante seu discurso, a ministra chamou atenção para as desigualdades raciais e de gênero.Na última quinta-feira (28/09), a primeira ministra negra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edilene Lôbo, participou da sua primeira sessão na Corte. A magistrada foi empossada no mês de agosto, como substituta do ministro titular André Ramos Tavares.
Na ocasião, a ministra deu ênfase para a baixa quantidade de mulheres negras que atuam na magistratura.
“Nós, negras, somos apenas 5% da magistratura nacional. Há apenas uma senadora autodeclarada negra, portanto menos de 1% do Senado. São 30 as deputadas federais, o que corresponde a cerca de 6% da Câmara. As mulheres negras ocupam 3% dos cargos de liderança no mundo corporativo, mas 65% das empregadas domésticas no Brasil são negras”, destacou.
Ainda durante a sua palavra, a ministra Edilene Lôbo destacou o legado da ancestralidade e que o seu cargo representa muito além do que se imagina.
“Esse lugar onde estou não é só meu, não é só de uma pessoa. Este lugar e esta missão são a um só tempo resultado e ponto de partida de lutas históricas de grupos minorizados para vencer a herança estrutural de desigualdade de oportunidades que precisa ser superada em nossa nação”, disse.
Além da luta contra a desigualdade de gênero, também foi citado como um desafio, o combate aos malefícios da revolução digital.
“A desinformação, as temidas fake news, e as criminosas milícias digitais, atentando contra a democracia. É nossa tarefa, como nos orienta e nos conduz o Ministro-presidente Alexandre de Moraes, trabalhar e ministrar a justiça de forma a entendermos a prática da desinformação como matéria prima que sustenta o modus operandi dos discursos de ódio”, citou.
Por fim, a ministra elogiou a criação da regra de gênero para o preenchimento de vagas na segunda instância do Judiciário brasileiro. O ato estabelece a alternância de uma lista exclusiva de mulheres e outra tradicional mista, conforme a abertura de vagas para juízes de carreira por critério de merecimento.
“Essa é uma política afirmativa extremamente relevante para viabilizar a justa promoção de mulheres na magistratura na composição das Cortes”, afirmou.
Fonte: JTNEWS com informações do TSE
Comentários
Últimas Notícias
-
Política
Justiça Eleitoral cassa mandato de prefeito de Simões por abuso de poder político nas eleições de 2024
-
Segurança Pública
Mulher é encontrada morta com marcas de tiros e mãos amarradas em estrada no Litoral do Piauí
-
Política
Eduardo Bolsonaro se pronuncia após ter mandato cassado
-
Justiça
STF determina adoção de plano para combater racismo estrutural no país
-
Segurança Pública
PF mira deputados em operação que apura desvio de cotas parlamentares
Blogs e Colunas
Mais Lidas
-
Segurança Pública
Polícia Penal ganha destaque na PEC da Segurança Pública, após relatório do deputado federal Mendonça Filho
-
Política
Justiça Eleitoral cassa mandato de prefeito de Simões por abuso de poder político nas eleições de 2024
-
Justiça
Justiça do Piauí condena Bradesco a indenizar moradora de Regeneração em oito vezes o valor de empréstimo fraudulento
-
Saúde
Leite materno: o primeiro remédio contra doenças crônicas; por Grazi Mantovaneli
-
Política
Prefeitura ignora proposta de R$ 171 mil e contrata por R$ 223 mil após prazo de 5 minutos