A crônica real de um sobrevivente além da morte

"incautos, soletres e irresponsáveis do volante nas estradas, saibam valorizar suas vidas e dos seus semelhantes", trecho do texto em que o Des. Brandão tenta retratar seu sentimento pós sobrevivência

Ontem (10) durante o começo da noite na BR 343 entre Teresina a Parnaíba [litoral do Piauí], foi registrado o lamentável acidente envolvendo o desembargador do TJPI, Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, sua esposa Maria Zilda Brandão de Carvalho, a filha do casal, Áurea Brandão, seu motorista de identidade não revelada, e mais outras pessoas de veículos diretamente enolvidos no acidente.

Foto: Divulgação/TJPIDes. Brandão de Carvalho, que sugere forte reflexão sobre a responsabilidade nas estradas
Des. Brandão de Carvalho, que sugere forte reflexão sobre a responsabilidade nas estradas

O Fato registrou-se nas proximidades da Colônia Agrícola Penal, Major César Oliveira, Município de Altos-PI, o atendimento no local do acidente ficou sob a responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros e pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU), com a disponibilidade das estruturas necessárias compatíveis com a gravidade do caso.

Por um milagre não houve nenhuma vítima fatal, embora 4 pessoas tenham ficado pressas nas ferragens de um dos veículos.

Ainda ontem, a Redação do JTNews, procurou ouvir o desembargador Brandão de Carvalho acerca do lamntável fato, mas somente hoje ele manifestou-se sobre o ocorrido, e o fez por meio de um texto que chama atenção e à reflexão sobre a violência no trânsito nas estradas. É uma verdadeira crônica de um sobrevivente que viu a morte de perto, mas sem alarde, e sem tergiversar "em aceitá-la tal qual um cordeiro na hora do abate."

Foi assim que manifestou-se o cidadão, Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, após essa lamentável experiência em sua vida:

"A presença da morte é consectário da espiritualidade seja qual for a sua compleição perante nossa fragilidade..., ontem a vi em minha frente, não tergiversei em aceitá-la tal qual um cordeiro na hora do abate..., não pensava em mim, vivi muito, me completei como homem, semeei, cultivei e fiz a colheita!

Um desalmado, insano, colocou toda minha riqueza para ser devorada pelo crucial e perplexo momento da morte..., essa riqueza era uma parte de minha família..., que muito ainda tem a viver... que esses incautos, soletres e irresponsáveis do volante nas estradas, saibam valorizar suas vidas e dos seus semelhantes... 

Que a direção de uma máquina seja controlada pelo cérebro e não pelas mãos avermelhadas de sangue com a adrenalina da feroz velocidade que antecipa a vida e retarda os bons sentimentos humanos...

Quantos horrores, quanto sangue derramado, quantas esperanças, quantos sonhos não realizados, ficam à beira do asfalto, mas, os maus condutores não se exemplam, agem com o gosto amargo da carnificina em nome de uma adrenalina que os levam aos píncaros da malfazeja atitude de usurpar a vida de seus semelhantes!"

Foi justamente assim, que o desembargador Brandão de Carvalho, manifestou-se ao JTNews acerca da triste realidade com que se deparou na noite dessa quinta-feira na BR 343 com destino ao litoral do Piauí.

Fica o forte chamado à reflexão acerca do assunto, tão delicado, mas tão useiro e vezeiro nas estradas brasileiras.

Fonte: JTNews

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